O cooperativismo e o desenvolvimento da sociedade, por Ademar Schardong

O Dia Internacional do Cooperativismo é comemorado anualmente no primeiro sábado do mês de julho. Neste ano, a celebração será no dia 5 e tem como tema “Cooperativas conquistam desenvolvimento sustentável para todos“. A data deve ser momento de reflexão sobre a contribuição das cooperativas para o desenvolvimento da sociedade.

A sociedade cooperativa, na legislação brasileira, é definida como uma associação autônoma de pessoas, unidas voluntariamente para satisfazer as necessidades e aspirações econômicas, sociais e culturais em comum, por meio de uma empresa de propriedade conjunta e de gestão democrática. A natureza societária das sociedades cooperativas determina seu objetivo e o ramo de atuação o seu objeto.

As cooperativas de crédito atuam como instrumento de organização econômica da sociedade e seus diferenciais competitivos vão além do preço e da qualidade dos produtos e serviços de natureza bancária oferecidos. O relacionamento da sociedade cooperativa com seus associados é de interesse de todos os agentes envolvidos. Do colaborador, em ofertar e viabilizar as soluções por meio de produtos e serviços que atendam as necessidades dos associados. Dos dirigentes, em gerir a empresa cooperativa na direção dos seus objetivos. E dos associados, em construir e solidificar o empreendimento econômico de sua propriedade.

A atuação da cooperativa de crédito faz com que os recursos financeiros disponíveis na sua área de atuação, por ela administrados, sejam colocados à serviço da atividade econômica do seu quadro social. Em face das características societárias próprias, o resultado produzido pelas operações e serviços da cooperativa de crédito (ato cooperativo) é distribuído proporcionalmente ao volume de operações de cada associado e não na razão direta do capital integralizado, motivo pelo qual não incide tributos sobre o resultado (sobras) da pessoa jurídica.

As cooperativas de crédito que integram o Sicredi estão organizadas em rede (todas formam uma só rede de atendimento) e suportadas por empresas especializadas de segundo e terceiro graus: Centrais, Banco Cooperativo, Administradoras de Cartões, Consórcio e Bens, Corretora de Seguros e Fundação Sicredi, entre outras). Este modelo apresenta características especiais para o empreendimento, como a responsabilidade solidária pelo processo interdependente, empresas especializadas instrumentalizam as cooperativas com os produtos e serviços que viabilizam o atendimento integral das necessidades dos associados. A escala em nível sistêmico (todas as cooperativas integrantes) viabiliza a operação de produtos massificados que não suportados por uma cooperativa individual e a especialização nas empresas de terceiro grau qualifica a gestão e mitiga o risco do empreendimento.

Com uma só marca, solidariamente responsável, atuando na direção exclusiva de entregar aos associados o objetivo da cooperativa de crédito singular, a organização sistêmica estruturada no Sicredi é diferencial competitivo qualificado e objeto de estudos nacionais e internacionais. Nesta base, sem perder a característica própria de “ser cooperativa”, nem a singularidade de sua administração, é que se preserva o objetivo de um modelo agregador de renda a serviço do desenvolvimento sustentável.

Ademar Schardong – Presidente-executivo do Sicredi

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