Para SNCC, união é sinônimo de desenvolvimento sustentável

Brasília (8/11/17) – Nesta quarta-feira, representantes do Sistema Financeiro Nacional puderam testemunhar a materialização de um trabalho realizado em conjunto pelas cooperativas de crédito. Elas estão engajadas em superar os desafios que se apresentam para o segmento. Trata-se do lançamento do documento Diretrizes para o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) ocorrido hoje, em Vitória (ES). clique aqui para ler a matéria

Composto por seis tópicos desafiadores e, ainda, suas diretrizes, o documento foi elaborado com a participação de todos os integrantes do setor. A intenção é tornar o material factível para que cada uma das mais de mil cooperativas singulares, suas 35 centrais, três federações e cinco confederações e os dois bancos cooperativos possam fazer a sua parte para se fortalecerem e, juntas, ampliarem a participação do cooperativismo de crédito no Sistema Financeiro Nacional.

O coordenador do Conselho Consultivo Nacional do Ramo Crédito da OCB (Ceco), Leo Airton Trombka, explicou a importância desse trabalho realizado de forma conjunta, seus desdobramentos para o futuro das cooperativas e como a ajuda do Sistema OCB tem sido fundamental para assegurar o crescimento sustentável do SNCC. Confira!

Qual o objetivo das diretrizes estratégicas para o sistema nacional de crédito cooperativo?

Antes falarmos de objetivo, é importante ressaltar o apoio e o envolvimento dos meus pares da coordenação e a dedicação do grupo técnico do Ceco nesta construção.

Os desafios identificados durante a condução do trabalho sintetizam os temas que os integrantes do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo terão de enfrentar num futuro próximo. Muitos deles já são, inclusive, realidade em nossas cooperativas e temos que lidar no dia a dia.

E pensando em unir os esforços no sentido enfrentar esses desafios, como é a praxe do movimento cooperativista, traçamos as diretrizes comuns ao segmento cooperativista de crédito. Respeitando, sempre, as peculiaridades de cada sistema, com seus respectivos quadros associativos e particularidades geográficas.

Como se deu o processo de elaboração dessas diretrizes?

Realizamos, na primeira etapa do trabalho, entrevistas com lideranças do setor e importantes agentes públicos que tem influência direta no segmento.

Após as entrevistas, ocorreram três oficinas regionais, envolvendo todas as confederações, cooperativas centrais, federações, bancos cooperativas e um relevante número de cooperativas singulares não filiadas a sistemas verticalizados.

Por fim, oportunizamos, por meio de um questionário online, que todas as cooperativas de crédito do país participassem desse processo construtivo. Tivemos uma relevante adesão ao trabalho, o que nos permite dizer que este é realmente um trabalho conjunto de todo o SNCC.

Qual a expectativa do CECO em relação a essas diretrizes?

É importante ressaltar que este é o primeiro passo na soma de esforços para a construção de um Sistema Nacional de Crédito Cooperativo ainda mais forte e representativo.

Estamos tratando de um ambiente extremamente dinâmico e inovador que é o mercado financeiro; e, num horizonte de quatro anos, conforme prevê o nosso projeto, muita coisa poderá mudar, e teremos que nos adaptar.

Para isso, o trabalho conjunto de todos os agentes que integram o setor, e o envolvimento das lideranças desse segmento são imprescindíveis para o sucesso do nosso movimento.

Por isso é importante reconhecer o papel das nossas entidades de representação patronal, institucional, e do nosso braço de formação e capacitação profissional, que juntas integram o Sistema OCB, nessa caminhada rumo à consolidação do segmento cooperativo de crédito como uma alternativa justa e democrática de acesso aos serviços financeiros.

Vale ressaltar que todas as diretrizes traçadas pelo segmento cooperativo terão um tratamento e desdobramento em ações e metas que deverão ser discutidas e executadas no âmbito do CECO.

Quais são os maiores desafios do SNCC e como superá-los?

Pois bem, ao final do trabalho foram identificados seis grandes desafios e 11 diretrizes estratégicas traçadas para superá-los. Os desafios são: competitividade, legislação e regulação, comunicação, governança e qualificação, estímulo à intercooperação e representação sindical.

Estes são os maiores desafios que temos para o universo futuro de quatro anos. E para supera-los, elencamos ações dentre as quais destacaria:

– Aumentar a nossa eficiência, por meio de soluções inovadoras e utilizando as novas tecnologias;
– Fortalecer a defesa de interesses junto aos poderes constituídos;
– Alinhar propósitos e diferenciais cooperativos e comunicar de forma institucional quem somos e o que fazemos;
– Intensificar o atendimento do sistema nacional de aprendizagem do cooperativismo (Sescoop) ao cooperativismo de crédito;
– Estimular as cooperativas de crédito a serem o provedor de serviços e produtos financeiros das cooperativas que atuam em outros nichos de mercado;
– Fortalecer a negociação coletiva sindical e a representação patronal.

Mas falar assim, tão rapidamente, sobre um trabalho que nos demandou um investimento de 11 meses não faz jus à relevância do assunto, é por isso que convido todos os interessados a conhecerem nossas Diretrizes. É só clicar aqui e nos ajudar a mostrar ao Brasil a contribuição das cooperativas de crédito para a economia do país e, sobretudo, para a qualidade de vida de seus cooperados.

Fonte: somoscooperativismo.coop.br

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