Ênio Meinen concede entrevista a Confebras, em celebração ao dia do escritor

A leitura estimula a criatividade e exercita o cérebro, além de ser uma poderosa ferramenta para a informação e o conhecimento. Ler desperta o senso crítico, a flexibilidade analítica e amplia os conhecimentos. Por trás da leitura, há um ator fundamental: o escritor, que é também protagonista do dia 25 de julho, em que se comemora, há 60 anos, o Dia do Escritor.

A escolha da data está relacionada com o “I Festival do Escritor Brasileiro”, que ocorreu no dia 25 de julho, no ano de 1960. Para celebrar esta data tão importante, o escritor e diretor de Coordenação Sistêmica e Relacionamento Institucional do Sicoob, Ênio Meinen, disponibilizou de maneira gratuita o segundo capítulo de seu livro “Cooperativismo financeiro: virtudes e oportunidades. Ensaios sobre a perenidade do empreendimento cooperativo”, lançado pela Editora Confebras, em 2016. Meinen, um dos mais consagrados autores do Cooperativismo, também concedeu uma entrevista exclusiva para a série Leitura Cooperativista da Confebras.

Confira na íntegra:

1- Por que a escolha do segundo capítulo do livro “Cooperativismo financeiro: virtudes e oportunidades. Ensaios sobre a perenidade do empreendimento cooperativo” para compartilhar com os nossos internautas?

E.M: A opção deve-se ao fato de o conteúdo central ter muito a ver com o momento que estamos vivenciando, pois refere-se à atuação das cooperativas em intervalos de crise, períodos que, historicamente, têm mostrado resiliência e capacidade de expansão. Durante a Covid-19 não é/será diferente.

2- Qual de seus livros poderia destacar como mais importante, hoje, para ser lido nesse momento de pandemia?

E.M: Enquanto não for lançado o próximo, previsto para outubro deste ano – “Cooperativismo financeiro na década de 2020: sem filtros!” -, recomendo a obra “Cooperativismo financeiro: virtudes e oportunidades. Ensaios sobre a perenidade do empreendimento cooperativo” (Confebras, 2016), com destaque ao seu capítulo II, que estou disponibilizando.

3– A leitura pode ser considerada uma importante ferramenta para o desenvolvimento da educação financeira e cooperativista? Por quê?

E.M: Esta obra, sobretudo em seus capítulos I e IV, desenvolve os diferenciais estruturais do Cooperativismo Financeiro versus as instituições bancárias (convencionais), permitindo uma boa noção sobre a singularidade cooperativa e a sua contribuição para a educação financeira na prática.

4– A pandemia do novo coronavírus pode ter consolidado o Ensino a Distância – EaD como um novo instrumento de aprendizado e capacitação para as pessoas? Por quê?

E.M: Sem dúvida. A necessidade, novamente, está fazendo/fará a oportunidade. Quem tinha algum receio em relação aos canais digitais, definitivamente perdeu o medo. Nesse momento, dada a impossibilidade da presença física, a conexão virtual resolveu muitos problemas, com respostas adequadas. Diria que, doravante, o processo de EaD conviverá de forma equilibrada com a formação presencial.

5– Como um dos autores mais consagrados do Cooperativismo, qual seria a estratégia neste momento para tornar o Cooperativismo de Crédito a alternativa ideal para os brasileiros, principalmente os não bancarizados?

E.M: Duas são as estratégias mais impactantes: a primeira, seguir prestando um serviço de qualidade, com preço justo, a quem já faz parte do quadro social, desenvolvendo neles a sensação de pertencimento (propriedade). Os próprios cooperados, satisfeitos, tratarão de divulgar o Cooperativismo Financeiro, como seus diferentes atrativos, como uma alternativa real ao sistema bancário convencional. A segunda, explorar melhor as redes sociais (dado que não há orçamento para grandes incursões pela mídia convencional), preferencialmente retratando (narrando) fatos que evidenciem ser o cooperativismo financeiro uma solução justa, inclusiva e comprometida com a sua gente e os territórios atendidos.

6- Como atingir o público dos não bancarizados?

E.M: Com uma boa comunicação, explorando fortemente as redes sociais. Hoje, praticamente todos têm acesso/conexão digital. Além disso, investir em aproximação com lideranças comunitárias, professores, líderes religiosos e outros atores com forte penetração no público desassistido.

7- Na sua opinião, qual é o papel do Cooperativismo de Crédito na retomada da economia brasileira pós-pandemia?

E.M: Seguir acreditando na capacidade empreendedora e na resiliência econômica dos seus membros, auxiliando em consultoria e assistência financeira. O crédito é a chave para retomada, em qualquer tempo.

8- Por que as fintechs têm tido a representatividade que percebemos entre os jovens no Brasil?

E.M: Basicamente porque os seus processos (operacionais) são mais fluidos e a capacidade de diálogo com o público jovem é extremamente eficiente.

9- As cooperativas estão preparadas para receber o público mais jovem, que hoje é altamente conectado com as tecnologias?

E.M: Sem dúvida. Além da capacidade de disponibilizar tecnologia nos mesmos padrões das fintechs e de outros agentes heterodoxos (isso, aliás – já, já -, será o básico do básico ou apenas mais uma commoditie), as cooperativas oferecem um propósito de verdade – relacionado com justiça financeira e prosperidade –, que nenhuma fintech jamais terá condições de compartilhar. E os jovens, do alto do seu idealismo, cada vez mais, além da forma (“o quê” e “como”), querem saber qual o conteúdo (o “porquê”) da solução que lhes é ofertada.

Sobre o autor

Ênio Meinen é advogado, pós-graduado em Direito da Empresa e da Economia (FGV/RJ), em Advocacia Empresarial em Ambiente Globalizado (Unisinos/RS), em Gestão Estratégica de Pessoas (UFRGS) e com aperfeiçoamento em Gestão Estratégica (Fundação Dom Cabral – MG). Professor convidado da USP, FGV e de outras entidades acadêmicas para cursos de pós-graduação, é autor/coautor de artigos e livros sobre cooperativismo financeiro – área na qual milita há 37 anos. Atualmente, é diretor de Coordenação Sistêmica e Relacionamento Institucional do Sicoob e conselheiro do Instituto Capitalismo Consciente Brasil (ICCB). Além de tudo, é um dos autores mais presentes no portfólio da Editora Confebras. Saiba mais sobre as obras do Cooperativismo de Crédito acessando o espaço da Editora, a única especializada no segmento no Brasil.

Acesse o Leitura Cooperativista e faça o download do capítulo disponibilizado pelo escritor Ênio Meinen e confira outras degustações de obras escritas por grandes autores do país.

Fonte: confebras.coop.br

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