Como cooperativas de crédito podem competir com grandes bancos?, por Felipe Santiago

De um lado, instituições com operações gigantescas e identidades reconhecidas pela grande maioria dos brasileiros. De outro, pequenas organizações com atuação local e regime empresarial próprio. Em um mercado financeiro que muda constantemente e vem experimentando uma modernização dos serviços e uma verdadeira evolução no comportamento dos consumidores, como as cooperativas de crédito podem se destacar na competição com grandes bancos?

A realidade é que o cenário é propício para o surgimento de organizações dos mais diversos perfis – entre elas, as cooperativas. Essas instituições de pessoas, focadas em transformar o sistema financeiro em um local mais inclusivo por meio da reciprocidade entre os cooperados, fogem do sistema bancário tradicional, já tão cheio de vícios, engessado e carente de mudanças. Elas trazem o poder de decisão para o próprio cooperado que naquele ambiente é um dos “donos” da própria cooperativa.

Em momentos como esse são as organizações feitas por pessoas, para pessoas, que realmente fazem a diferença. Ao contrário dos bancos tradicionais, que impõem restrições para conceder créditos, as cooperativas atendem as necessidades dos cooperados de forma mais assertiva. Isso gera uma proximidade incomparável com as comunidades e com os associados. Por não visarem lucro, essas organizações têm diferenciais únicos, que vão muito além das taxas menores de empréstimos. Elas envolvem menos burocracias tanto para regulação com o Banco Central, quanto para oferecer benefícios aos cooperados: serviços que são pensados especificamente para o perfil dos próprios participantes. Utilizar esses diferenciais em seu máximo potencial é o caminho para bater de frente com grandes instituições. E essa competição é uma realidade atual, cada vez mais acirrada.

É preciso focar na proximidade da relação com os cooperados

Não há crescimento da cooperativa sem incluir pessoas e empresas de diversos perfis financeiros. E para isso acontecer, é preciso priorizar o relacionamento. Estimular a conversa entre os associados, para alinhar objetivos e expectativas. Não é à toa que cooperativas são um modelo de sucesso em cidades pequenas, onde o costume da proximidade está instaurado entre as pessoas. São essas cidades, aliás, que abrigam a maioria dessas organizações — principalmente quando falamos de agências físicas. As cooperativas conseguem aliar o atendimento presencial com a digitalização, oferecendo aos associados uma experiência completa. De acordo com pesquisa do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop), até o final de 2022 serão 1,3 mil novas agências.

Isso significa que o modelo está tomando o espaço que os bancos tradicionais estão deixando. Espaço que deve ser preenchido. Principalmente em cidades e zonas com pouca assistência, a relação presencial é fundamental para que serviços de qualidade sejam oferecidos. Essa presença, aliada à expansão das grandes cidades, dá às cooperativas ainda mais força para competirem com os bancos e ganharem na diferença. Investir em agências físicas é investir em relacionamento.

Criar serviços únicos, diferenciados e diversificados

Cooperativas de crédito são instituições que também oferecem aqueles serviços encontrados em bancos: saque, conta-corrente, cartão de crédito e débito, aplicações, empréstimos e financiamentos. Mas sempre é possível inovar. O grande trunfo desse modelo de instituição financeira é que os próprios cooperados podem criar serviços interessantes para uso próprio, ou seja: definir que tipos de fundos investimentos oferecer, quais serão as taxas, como serão feitos os empréstimos e por aí vai.

Para que isso seja feito, entretanto, é preciso ouvir todos. Cada cooperado tem sua parte na tomada de decisões da organização. Membros que se sentem valorizados e estimulados a contribuírem terão mais motivação para expor suas ideias, compartilhar objetivos e desenvolver novos produtos. Se bancos tradicionais causam constantes insatisfações, as cooperativas trabalham com adequações, sempre visando o bem-estar dos associados. E quando se trata de finanças, nada ganha da sensação de estar administrando e aplicando bem o dinheiro.

Tecnologia ágil e descomplicada

Contar com uma aplicação feita para abranger todos os serviços de forma prática, segura e completa é algo indispensável. Focada nas cooperativas, a solução da CashWay disponibiliza o suporte necessário para que a instituição possa oferecer um sistema financeiro moderno e seguro para os cooperados. Entre as facilidades estão: cadastro de associados, controle de depósitos, cheques, saques e saldos dos correntistas/associados, distribuição das sobras do exercício automaticamente conforme determinado pela assembleia, controle do cadastro de bens e grupos de bens, depreciação mensal, controle total sobre cadastros, movimentos, conciliação e pagamentos, e cadastros de indexadores diários, mensais, bimestrais, trimestrais, semestrais e anuais com controle de valor máximo e percentual.

Investindo nesses pontos, as cooperativas largam na frente porque são capazes de ouvir as pessoas e oferecer um serviço alinhado com o que o consumidor atual procura: proximidade, agilidade e eficiência.

Felipe Santiago é CEO da CashWay

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