O Sistema CECRED – integrado por 13 cooperativas de crédito em Santa Catarina e Paraná – anuncia uma conquista histórica: foi a primeira central de cooperativas de crédito do Brasil a receber autorização do Banco Central para atuar com sistema próprio de compensação financeira (Compe/SPB). Para isso, recebeu um número de instituição financeira – 085 – que passa a identificar suas operações no mercado financeiro.
Na prática, significa que a partir de agora as cooperativas do Sistema CECRED não precisam mais utilizar o serviço de compensação de outros bancos para efetuar serviços rotineiros, como compensação de cheques, DOC, TED e cobranças. Sem a necessidade de uma instituição intermediadora com o mercado financeiro, os custos dessas operações poderão ser reduzidos em aproximadamente 40%, uma economia que, no sistema de cooperativas, retorna ao associado na forma de distribuição das sobras.
De acordo com o presidente da CECRED, Moacir Krambeck, o sistema de compensação próprio será incorporado gradativamente à rotina da Central. A expectativa é que até o final do ano a Compe/SPB da CECRED esteja respondendo por 90% da movimentação das 13 cooperativas associadas. Atualmente o Sistema CECRED compensa, através dos bancos conveniados, cerca de 700 mil documentos (cheques, cobranças, TED e DOC) por mês, o que representa uma movimentação financeira de quase R$ 500 milhões.
Krambeck ressalta que o crescimento e a maturidade do sistema nacional de crédito cooperativo foram fundamentais para a decisão do Banco Central, que a partir de 2009 abriu espaço para as discussões que permitiram evoluir rumo à independência das cooperativas no mercado financeiro. Ele vê esta conquista histórica da CECRED como a declaração de liberdade do sistema cooperativista, que agora pode crescer num ritmo mais acelerado e se posicionar em condição de igualdade frente aos bancos em futuras negociações de produtos e serviços.
O diretor executivo da CECRED, Ivo José Bracht, diz que a conquista da Compe/SPB própria também vai permitir ampliar a oferta de serviços aos cooperados. A exemplo do débito automático de faturas emitidas por empresas públicas e privadas de todo o Brasil, a adesão ao DDA (Débito Direto Autorizado) e a emissão de cobrança própria (boletos que hoje são feitos através de outros bancos). “Este novo tempo nos dá autonomia para caminhar de forma independente, oferecendo os mesmos produtos que os grandes bancos, porém, a custos reduzidos, com menos burocracia e com mais qualidade”, afirma.
Quem integra a CEDRED:
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VIACREDI – Cooperativa de Crédito Vale do Itajaí
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CREDITÊXTIL – Cooperativa de Crédito dos Empregados em Empresas Têxteis
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CONCREDI – Cooperativa de Crédito dos Micros e Pequenos Empresários do Vale do Itajaí
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CECRISACRED – Cooperativa de Crédito Mútuo dos Empregados da Indústria e Comércio do Ramo de Materiais de Construção da Região de Criciúma
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CREDIFIESC – Cooperativa de Crédito dos Empregados do Sistema FIESC
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CREDCREA – Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Profissionais do CREA do Estado de Santa Catarina
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CREDELESC – Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Empregados das Centrais Elétricas de Santa Catarina
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TRANSPOCRED – Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Empresários de Transportes do Estado de Santa Catarina
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CREDIFOZ- Cooperativa de Crédito dos Empresários da Foz do Rio Itajaí-Açú
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CREDICOMIN- Cooperativa de Crédito dos Pequenos Empresários Microempresários e Microempreendedores de Lages
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CREVISC – Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados de Guaramirim
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SCRCRED – Cooperativa de Crédito dos Empresários do Alto Vale do Rio Negro
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RODOCRÉDITO – Cooperativa de Crédito dos Empresários em Transportes Rodoviários de Francisco Beltrão
DEPOIMENTOS
“Trata-se que uma conquista extraordinariamente importante. Um anseio de muito tempo, que gera independência do Sistema. As cooperativas do Sistema CECRED terão uma autonomia operacional muito grande. E isto representará um ganho final para todos os cooperados, que são o objetivo principal de todo o trabalho das cooperativas. Ganhos como a redução de custos e facilidades para realização das operações, por exemplo”.
Vanildo Leoni, diretor executivo da Viacredi
“Com uma equipe extremamente enxuta para a diversidade de produtos e serviços que dispõe, o Sistema CECRED teve a coragem de se submeter ao rigoroso processo de credenciamento imposto pelo Banco Central. Com isso, derrubou a última barreira que separava o cooperativismo de crédito do sistema bancário nacional. Esta conquista é de todo o cooperativismo brasileiro, permitindo que atue no mesmo patamar das grandes instituições, ampliando o poder de organização da sociedade”.
Alcenor Pagnussatt, consultor da AC Brasil
“Esta conquista estimula a desconcentração das operações financeiras no País. Hoje 81% das movimentações ficam nas mãos dos seis maiores bancos, enquanto que o cooperativismo de crédito responde por apenas 2% do volume. O desafio, provocado até pelo Banco Central e pelo governo Federal, é termos no mínimo 10% dessa movimentação. O passo dado pela CECRED vai na direção desse objetivo, pois representa a autonomia do sistema cooperativista, a desburocratização dos processos, a redução de custos e a soma de melhores resultados para a cooperativa e a sociedade”.
Silvio Giusti – gerente de relacionamento da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras)
“O Sistema CECRED acaba de ingressar no futuro e transformá-lo em presente. Poucas organizações conseguem ter esta visão, a qualidade técnica e o comprometimento que a CRECRED teve, através de sua equipe, para dar este grande passo para o futuro da organização do sistema cooperativista do Brasil”.
José Jardim, diretor da JD
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Fonte: CECRED