O Cooperativismo de Crédito nas Américas foi o tema do painel realizado na quinta-feira (26), pela manhã no Congresso Brasileiro de Cooperativismo de Crédito/CONCRED que acontece no Mabu Thermas & Resort.
Brasil, Canadá, Argentina, Paraguai e Uruguai fizeram exposições de como anda o setor nos respectivos países e elogiaram o crescimento do cooperativismo de crédito brasileiro. O painel tem como objetivo a troca de experiências entre os países e desta forma solucionar as deficiências e dificuldades que ainda são enfrentados, principalmente nos países do Mercosul.
Através de gráficos estatísticos, os países fizeram uma demonstração do progresso ou estagnação do setor. O presidente da Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito (Confebras), Rui Schneider da Silva disse que há um crescimento em cada um dos sistemas existentes no Brasil e todos são controlados pelo Banco Central. Atualmente existem 1.432 cooperativas, mas a tendência é a incorporação de boa parte delas, visando melhor atender o cooperado e desta forma o associado poderá ter um empréstimo maior, pois hoje gira em torno dos 15%.
Segundo o Schneider, hoje o Brasil possui 4,5 milhões de associados dos quais, boa parte são do setor agrícola. “O crescimento está acontecendo, mas o objetivo do cooperativismo é manter a essência no atendimento de pessoa para pessoa, pois nossos associados são únicos, não importando o potencial de investimento de cada um”, ressalta Rui Schneider.
O mesmo não acontece com os outros países que participaram do painel, principalmente a Argentina, Uruguai e Paraguai, que o cooperativismo não é bem reconhecido pelos governos e também pelo Banco central de cada país.
Com 3,5 milhões de habitantes, o Uruguai possui cerca de 70 cooperativas de desenvolvimento de crédito, porém o presidente da Federação Uruguaia de Cooperativas de Crédito/FUCAC, Carlos Negro, revelou que falta supervisão especializada no Uruguai e isso impede que as cooperativas e associados conheçam dados exatos do setor de crédito. Em 2008 foi aprovada uma nova legislação, que não trouxe oportunidades significativas para o setor.
Já o cooperativismo de crédito do Canadá é visto como um serviço de proximidade com as comunidades, no qual a prioridade é a acessibilidade para que as famílias consigam um financiamento. O responsável pelo Desenvolvimento Solidário do País, Claude Dorion informou que o cooperativismo de crédito está presente em 900 municípios e cerca 22% da população se utiliza do cooperativismo. “A cooperativa é a única instituição financeira que tem o compromisso de ajudar os projetos a serem realizados, pois o dinheiro sozinho não trás realizações e investimento no cooperativismo pode trazer excelentes resultados”, conclui Claude Dorion.
Fonte: clickfozdoiguacu.com.br