Em reunião realizada nesta segunda-feira, 17, no Palácio dos Bandeirantes, o presidente da Ocesp (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo), Edivaldo Del Grande, entregou ao governador Geraldo Alckmin uma carta de reivindicações do cooperativismo paulista. São necessidades gerais ou específicas por ramo de cooperativas, de questões tributárias, representação em conselhos setoriais, adequação de procedimentos administrativos, até ensino do cooperativismo em escolas públicas.
Acompanhado por vários diretores de ramos, Del Grande iniciou a explanação pelo Decreto 55.938/2010, que impede a participação de cooperativas de trabalho e de transporte em licitações do Estado. “Já perdemos cerca de 11 mil postos de trabalho por conta desse decreto. A Ocesp pode ajudar o governo a separar o joio do trigo. Temos uma certificação, que pode ser exigida. Não pactuamos com cooperativas desvirtuadas, que mancham a imagem de todo o cooperativismo. Mas também não é justo que se puna todas as cooperativas, como vem ocorrendo”, frisou o presidente da Ocesp.
Alckmin disse que vai encaminhar o caso do decreto para a Procuradoria Geral do Estado encontrar uma solução. “Quando estava na Secretaria de Desenvolvimento, contratamos uma cooperativa de motoristas, que nos atendeu muito bem. Vamos estudar uma forma de acolher as boas cooperativas de serviços”, salientou o governador, que depois de ouvir a reivindicação das cooperativas de crédito, sobre autorização para recolher taxas e tributos estaduais, leu rapidamente todos os demais itens da carta e delegou o trabalho de análise ao secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo, presente à reunião ao lado do secretário do Trabalho, Davi Zaia. “Quero que converse com os demais secretários, veja o que é possível e o que não é possível nesta importante agenda do cooperativismo, e nos traga um retorno o mais breve”, encomendou Alckmin a Beraldo.
Mostrando-se sempre receptivo aos temas cooperativistas, o governador fez questão de ressaltar a proposta de ensino do cooperativismo em escolas públicas. “Gostei desta proposta. Nas aulas de empreendedorismo, podemos ensinar e divulgar cooperativismo e associativismo”.
Cooperado da área de saúde e, no passado, como produtor de leite, Geraldo Alckmin resumiu numa frase o conjunto de reivindicações das cooperativas: “no fundo, é falta de entendimento do que é cooperativismo”. E continuou: “Artigo da Constituição Federal incentiva o cooperativismo, conquista aliás da qual participei quando deputado federal membro da Frencoop, na época em que Roberto Rodrigues era presidente da OCB, a Organização das Cooperativas Brasileiras”. Alckmin arrematou a reunião afirmando o compromisso do Estado com as cooperativas. “São Paulo tem compromisso com o cooperativismo, instrumento ecônomico que proporciona maior justiça social. As cooperativas geram oportunidades para que os pequenos possam participar do concorrido mercado”.
A reunião com o governador contou também com a presença, pela Ocesp, dos diretores Osvaldo Caproni (ramo Crédito), Marcos Henrique dos Santos (Educacional), Danilo Pasin (Infraestrutura), Francisco Degasperi (Produção), Nanci Ramos (Trabalho) e Rubens da Silva (Transporte), e do gerente de Relações Institucionais, Julio Gushiken. Além dos dois secretários de Estado, participaram, pelo Governo, o assessor especial do governador, Orlando Baptista, e o secretário-adjunto da Casa Civil, José do Carmo Mendes Jr.
Fonte: OCESP
A proposta de ensino do Cooperativismo em escolas públicas é pertinente, parabéns a Ocesp na pessoa de Edivaldo Del Grande.
Paz e Bem !