Com o objetivo de divulgar entre os interessados alguns dos conceitos e norteadores acerca da Governança Cooperativa publicaremos semanalmente alguns aspectos relativos ao assunto. Em vários momentos serão utilizadas aspas nas citações de texto, sendo que a fonte das citações é o completo trabalho desenvolvido pelo Banco Central e que está disponível no link.
O maior objetivo destas publicações é a discussão acerca dos temas, por isto peço que emitam suas opiniões e sugestões sobre o tema.
DO CONCEITO:
“A Governança Corporativa é a forma como as sociedades são geridas, envolvendo os relacionamentos entre associados, conselho de administração, diretoria executiva, auditoria independente, conselho fiscal e demais interessados (stakeholders).”
“A Governança Cooperativa é o conjunto de mecanismos e controles, internos e externos, que permite aos cooperados definir e assegurar a execução dos objetivos da cooperativa, garantindo sua continuidade e os princípios cooperativistas.
A definição de boas práticas de governança em cooperativas de crédito deve envolver mecanismos que venham a fortalecer suas estruturas e processos, de forma sistemicamente articulada, para ampliar as condições gerais de segurança, de eficiência e a redução de riscos.
Caracterizadas como sociedades de pessoas, e não de capital, as cooperativas têm na união de indivíduos pela adesão voluntária e livre, na gestão democrática, na participação econômica dos membros e na autonomia e independência princípios basilares de sua gestão. As cooperativas são administradas por seus associados, que são os “donos do negócio”, tendo cada associado direito a um voto, independente do valor de seu capital social. Não há também, o objetivo de lucro e as metas devem ser de longo prazo, uma vez que o foco principal é o atendimento às necessidades dos proprietários da cooperativa.
A gestão pelos próprios associados elimina os problemas de agência no que se refere apenas à relação entre proprietários e gestores. Entretanto, os sócios podem não ter os mesmos objetivos e interesses e, assim, cria-se a segmentação entre os que conduzem os negócios e os demais associados. Ao ocorrer a delegação das decisões pelo conjunto dos associados a um grupo eleito de dirigentes, mantêm-se segundo natureza diversa, problemas clássicos de governança.”
Por Márcio Port
A Governança Cooperativa sendo bem gerida, leva credibilidade e confiança entre seu quadro associativo!