Após o rebaixamento da dívida dos EUA pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s, voltam à tona as incertezas que cercaram a economia na primeira etapa da crise financeira em meados de 2008. Na época a economia brasileira foi afetada duramente pela retração na concessão de crédito por parte dos grandes bancos brasileiros que na dúvida restringiram a concessão de novos créditos, mesmo para clientes tradicionais.
O crédito, como sabe-se, é o combustível da economia, sendo que quanto maior o volume de crédito disponível, maiores as condições de manter-se a economia em crescimento gerando portanto a manutenção dos empregos, a continuidade dos investimentos e consequentemente a geração de riqueza de um país. A ausência do crédito, por sua vez, faz com que a existência de um cenário econômico negativo em nível mundial tenha impactos diretos em todas as regiões do Brasil, não pela situação mundial, mas pela inexistência de crédito para continuar a financiar as atividades mais simples do dia-a-dia das empresas.
O que fazem os bancos diante da incerteza?
A tabela ao lado demonstra o crescimento da carteira de crédito das maiores instituições financeiras do país, comparativamente às cooperativas de crédito durante o auge da crise financeira (jun/08 a dez/09).
Percebe-se que depois da Caixa Econômica Federal que despontou nas liberações de crédito, orquestrada pelo Governo justamente para não deixar a economia parar, as cooperativas de crédito do Sistema Sciredi apareceram em 2º lugar, com um crescimento de 54%. Já o somatório das 1.370 cooperativas de crédito do Brasil cresceram 39% neste mesmo período.
A tabela demonstra ainda o papel que os principais bancos privados adotam em um cenário de crise: pé no freio, tendendo a agravar ainda mais o cenário que já não se mostra favorável. Isto pode ser observado pelo baixo crescimento dos bancos privados em um período de 18 meses, sendo que algumas instituições cresceram menos do que a Taxa Selic acumulada no período.
O que fizeram as cooperativas de crédito?
Para o Presidente da Sicredi Pioneira RS, Márcio Port, as cooperativas de crédito tem um papel fundamental nas comunidades em que atuam: “por estarmos próximos de nossos associados e por conhecermos bem a realidade regional em que estamos inseridos é possível que as cooperativas de crédito mantenham a expansão da carteira de crédito mesmo quando todo o mercado está retraído“. Segundo Port este é um dos diferenciais de uma instituição financeira cooperativa: o foco no atendimento das necessidades de seus associados. “Nos momentos de dificuldade são as cooperativas de crédito que ficam ao lado do associado”, complementa.
Sua cooperativa também apresentou índices de crescimento acima do mercado no período da crise? Se sim, não deixe de divulgar esta informação na mídia local. Devemos aproveitar as oportunidades de demonstrarmos o trabalho diferenciado que as cooperativas de crédito fazem junto à seus associados.
Fonte: Sicredi Pioneira RS