O Banco Central (BC) lançou na última sexta-feira, 23 de março, a ampliação do Sistema de Informações de Crédito (SCR). De acordo com o presidente do BC, Alexandre Tombini, o país agregou 40 milhões de pessoas ao consumo entre 2003 e 2009. Na avaliação dele, a inclusão financeira funcionou como uma reforma microeconômica no Brasil e destacou que é preciso continuar a avançar neste processo.
Tombini disse que o sistema reformulado vai quadruplicar a quantidade de informações. Além disso, as transações registradas no SCR vão dobrar.
“Com os tíquetes mais baixos de crédito, certamente teremos mais aderência a essa nova população que ingressa no sistema financeiro. É uma forma de consolidar os avanços e aprofundar o processo de inclusão financeira”, afirmou.
“São 155 milhões de novas operações individualmente identificadas, 93% são referentes a pessoas físicas, o restante de empresas de pequeno porte”.
Segundo o ministro, a partir de agora, 96% do total de operações de crédito no país, em valores, serão cobertas com informações detalhadas. “Poucos países têm esse tipo de cobertura”, afirmou. Entre as novas informações relevantes do sistema, Tombini citou a saída de mutuários, faturamento da pessoa jurídica, renda da pessoa física, informações complementares sobre as garantias e informações referentes a eventual cessão de crédito.
Ele também disse que o SCR vai ajudar a diminuir o spread bancário. “O detalhamento das informações vai permitir atuação do BC como regulador tanto microprudencial quanto macroprudencial de uma forma mais precisa e efetiva ao longo do tempo”.
Desde 31 de janeiro de 2012, o SCR passou a receber informações mais detalhadas sobre as operações de crédito, como a renda das pessoas físicas, o faturamento das pessoas jurídicas e as informações dos fundos de investimento de direitos creditórios. Atualmente o SCR identifica, de forma facultativa, todos os clientes com operações totais iguais ou superiores a R$ 1 mil reais. A partir de 30 de abril, a informação acima desse valor será obrigatória.
A medida contribui para o aprimoramento do monitoramento e da supervisão do risco de crédito a que estão expostas as instituições financeiras, além de fornecer condições para melhor analisar o processo de inclusão financeira no Brasil. Para o sistema, o intercâmbio de informações entre as instituições financeiras sobre o montante de débitos de clientes em operações de crédito iguais ou superiores a R$ 1 mil permite a melhor avaliação do risco de crédito, sendo determinante, por exemplo, para evitar o excesso de endividamento dos tomadores de crédito de menor valor.
Clique para acessar a Circular 3.567/11, que dispõe sobre o fornecimento de informações ao SCR.
Fonte: Com informações da Agência Estado.