Nova Petrópolis/RS – Utilizados como parâmetro os mesmos indicadores que outros países consideram ao divulgarem a participação de mercado das instituições financeiras cooperativas, os dados abaixo, baseados em estatísticas divulgadas pelo Banco Central do Brasil (BCB) em seu website, demonstram a performance do Sistema Financeiro Nacional (SFN) em DEPÓSITOS e OPERAÇÕES DE CRÉDITO.
DEPÓSITOS TOTAIS
Os dados, baseados nos últimos 5 anos, demonstram que em 2008 o volume de depósitos do SFN era de R$ 1,274 trilhão e que de lá para cá aumentou 38%, passando para os atuais R$ 1,766 trilhão.
Nesse mesmo período, as instituições financeiras cooperativas saíram de R$ 25 bilhões para os atuais R$ 67 bilhões, com um aumento de 168%, muito superior ao desempenho, por exemplo, da CEF (93%), do Citibank (89%) e do Banrisul (88), que apresentaram os maiores crescimentos entre as instituições convencionais.
Em 2008 as instituições financeiras cooperativas detinham um market share (participação de mercado) no volume de depósitos de 1,97%, sendo que esta participação, hoje, passou 3,80%.
É de se destacar que, no mesmo período, o Santander
– hoje ocupando a 5ª posição no mercado financeiro do país – saiu de R$ 124,6 bilhões em depósitos para os atuais R$ 126,6 bilhões, apresentando uma evolução de apenas 2% no período. Tal informação, analisada em conjunto com o desempenho das instituições financeiras cooperativas, nos permite projetar que:
Caso as instituições financeiras cooperativas cresçam, anualmente, 15% a mais que o Santander, no ano de 2016 ou 2017 ultrapassarão o banco espanhol no volume de depósitos. É importante ressaltar que atualmente a diferença de crescimento anual entre ambos é de mais de 30%, o que pode antecipar esta previsão já para 2015.
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OPERAÇÕES DE CRÉDITO
Os dados, baseados nos últimos 5 anos, evidenciam que em 2008 o volume de operações de crédito do SFN era de R$ 1,108 trilhão, tendo, de lá para cá, evoluído 113%, passando para os atuais R$ 2,355 trilhões.
Nesse mesmo período, as instituições financeiras cooperativas saíram de R$ 27 bilhões para os atuais R$ 61 bilhões, com um aumento de 128%, desempenho este inferior ao da CEF (+342%) e do Safra (+157%), mas muito semelhante ao do Banco do Brasil (+126%).
Em 2008 as instituições financeiras cooperativas detinham um market share (participação de mercado) de 2,42% no volume de depósitos, sendo que atualmente esta participação alcança 3,46%.
Seguindo a mesma projeção anterior, comparando o desempenho do Banco Santander com o das instituições financeiras cooperativas, caso estas cresçam, anualmente, 15% a mais que o banco espanhol, no ano de 2021 ou 2022 o ultrapassarão também no volume de operações de crédito.
Os números retratam o bom desempenho do cooperativismo de crédito brasileiro, permitindo projetar-se que, mantida a tendência atual, o movimento, dentro de 5 anos – em 2018 -, atingirá uma participação de mercado de cerca de 7% nos depósitos e de 4% nas operações de crédito, sendo fator decisivo para essa expansão o avanço nos grandes centros urbanos, notadamente na região sudeste do país.
Por Márcio Port – Autor do Portal do Cooperativismo de Crédito
As notícias do site são ótimas, mas seria interessante uma reformulada no visual do site, pois as matérias ficam desalinhadas, algumas partes dos textos ficam em negrito sem nexo, fora imagens que as vezes não aparecem. Para uma caminhar mais sério do Cooperativismo, seria interessante um amadurecimento nisso. Até mais!
Guslei, agradeço pelas contribuições. Sobre as imagens, perdemos algumas informações do banco de dados, principalmente relacionado à imagens.
Senhores.
Não gostei de chamar as Cooperativas de Crédito pela denominação “instituições financeiras cooperativas”. E não se trata simplesmente de ser antiquado ou reativo, trata-se de querer saber como devemos chamar agora as demais instituições financeiras do SFN. Devemos chamá-las “instituições financeiras não-cooperativas”? ou quem sabe ficaria melhor “instituições financeiras competidoras”? Lamentável que de vez em quando surjam babacas que gostam de inventar bobagens usando nossa já empobrecida língua pátria.