Especialista orienta sobre taxas de juros e aquisição de empréstimos para quitar dívidas
BLUMENAU (SC) – Colocar as contas em dia não é uma tarefa fácil. Ainda mais em tempos de crise. Conta de água, luz, telefone, escola, supermercado, combustível, cartão de crédito e financiamentos nem sempre cabem no bolso. Independentemente do nível econômico, a regra é economizar e manter as contas na ponta do lápis. Mas, e quando as contas são maiores do que o salário? Nesse caso, é preciso priorizar algumas dívidas, como por exemplo, as que possuem taxas de juros mais altas. O gerente da agência de Pomerode da Unicred Blumenau, Felipe Schröder Clasen, dá cinco dicas importantes:
1. Priorização de despesas: num primeiro momento, o mais importante é avaliar as despesas como um todo e priorizar as com maiores taxas de juros, como o cartão de crédito, financiamentos e até o cheque especial. A renegociação é sempre uma boa estratégia e, muitas vezes, oferece melhores taxas ou prazos maiores para encaixar no orçamento familiar. Em seguida, devem ser priorizadas as contas sujeitas a apreensão de um bem, como veículo e imóvel, ou suspensão de serviços, como água, energia elétrica e telefone.
2. Pagando a fatura mínima: os juros do cartão de crédito são os mais altos do mercado, isso não é uma novidade. Quando se opta pelo pagamento mínimo da fatura, o valor em aberto será cobrado no próximo mês, com juros, além das despesas da próxima fatura. Se o consumidor puder arcar com a fatura e o valor pendente do mês anterior não há problema em optar pelo pagamento mínimo. Mas, se isso se repetir, os juros vão acumulando e a despesa vira uma bola de neve.
3. Empréstimo para quitar dívida: em alguns casos, é recomendável realizar um empréstimo para quitar outras dívidas, como por exemplo, contas vinculadas a juros muito altos. Porém, é preciso ter controle para não extrapolar o orçamento familiar criando mais uma dívida.
4. Organização financeira: manter as contas na ponta do lápis ou em uma planilha no computador ainda é uma das melhores dicas para não deixar as dívidas se acumularem. Dessa forma, é possível visualizar de forma prática quanto sobra ou falta no fim do mês. Outra dica é não comprometer mais do que 30% da renda com despesas fixas e procurar poupar os outros 30% para possíveis imprevistos.
5. Assumindo uma nova dívida: é preciso saber como e quando utilizar o dinheiro. Por exemplo, quando se financia um veículo, paga-se juros sobre um bem que perderá valor com o passar dos anos e terá despesas frequentes como manutenção, combustível e seguro. Já no caso da compra de um imóvel, apesar da taxa de juros, este bem não perde valor, inclusive pode aumentar. Avalie se a despesa realmente é necessária e de que não irá pesar no orçamento familiar.
Fonte: Unicred Blumenau