Cooperativa de crédito com atuação em cinco estados cresceu em sobras, número de cooperados, liquidez e em patrimônio, segundo Relatório Financeiro 2016.
Na esteira de um setor que desponta em meio ao cenário global de dificuldades econômicas e divergências em relação à política financeira no Brasil, a Unicred Central Multirregional vem apresentando resultados cada vez mais expressivos.
O último relatório da Central de Cooperativas de Crédito, relativo à 2016, aponta crescimento de 28,5% em liquidez e 120,8% de sobras, subindo de R$ 14,4, em 2015, para R$31,8 milhões. Seu capital teve salto de 92,5%, enquanto seu patrimônio líquido subiu 98,7%. As operações de crédito, aquelas relativas aos empréstimos realizados, somaram R$ 978,4 milhões, representando crescimento de 87,1% sobre os R$ 552,9 milhões de 2015.
Outro número exponencial é relativo ao patrimônio de referência da Central, que atingiu 98,7%, quase o dobro do ano anterior, atingindo R$ 237,8 milhões, em 2016. Já o capital atingiu o montante de 174,6 milhões, 92,5% a mais sobre o valor do ano anterior. A Central também cresceu 28,5% em número de cooperados, fechando o ano em 36.979.
Segundo o diretor-presidente da Unicred Central Multirregional, Mauro Toledo Sirimarco, os números são resultado do reposicionamento institucional e da gestão estratégica focada no bom relacionamento, no fortalecimento e no aperfeiçoamento sistêmico de suas cooperativas. “O novo cenário que alinhamos para a Unicred só foi possível graças ao trabalho de todas as cooperativas que, juntas, proporcionaram a efetivação das ações e diretrizes traçadas pelo Conselho de Administração no Planejamento Estratégico”, afirma Sirimarco.
Em 2017, a meta é crescer 30%, conforme Sirimarco. “A tendência é confirmarmos essa estimativa, a julgar pelos resultados acumulados até abril, quando as sobras alcançaram R$ 9 milhões, 125% a mais que os R$ 4 milhões do mesmo período do exercício passado.”
Ampliação – Com 23 anos de história, a Unicred Central Multirregional é uma das maiores centrais de cooperativas do Brasil, com 12 cooperativas singulares e 87 pontos de atendimento espalhados em Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Bahia e Goiás. Recentemente, a Central ampliou sua área de atuação por todo o território de São Paulo, por meio da Unicred Campinas. Segundo o diretor-presidente, em termos de operações de crédito, São Paulo já responde por metade do volume de negócios e os demais estados por 50%. Minas Gerais representa uma fatia de 80% a 90% destes 50%, estando a frente também em pontos de atendimento entre os cinco estados representados, com 59 ao todo.
Para Sirimarco, este é mais um passo na direção da consolidação de sua imagem e da integração sistema no atendimento ao cooperado. “Nosso objetivo é buscarmos ir além de oferecer apenas as vantagens de um sistema de crédito cooperativista, mas proporcionar aos nossos cooperados um atendimento diferenciado”, finaliza Sirimarco.
Cooperativismo de crédito em alta
Assim como os bancos, as cooperativas de crédito são instituições financeiras reguladas pelo Banco Central. Desta forma, os produtos e serviços oferecidos são praticamente os mesmos, porém, por ser um modelo de negócio diferenciado, os ganhos não são apenas individuais, mas coletivos. “Se observarmos as taxas, em média, o custo fica em torno da metade do que é cobrado pelos bancos tradicionais. Além disso, nesse cenário desafiador, valores como racionalidade econômica e solidariedade social, que são os pilares do cooperativismo, contam muito nesses resultados”, declara o diretor-presidente, Mauro Toledo Sirimarco.
As cooperativas de crédito juntas ocupam a 6ª posição no ranking do volume de ativos, depósitos e empréstimos, e por isso estão entre os maiores sistemas financeiros no Brasil. Em nível mundial, o setor fica na 16ª posição. “O cooperativismo demonstra que as pessoas, unidas, conseguem passar pela crise mais tranquilamente. É nítido que as dificuldades existem, mas creio que elas possuem mais facilidade de transpor esse período em uma cooperativa de crédito. E na recessão, nada melhor que administrar melhor e de perto suas finanças e ser mais envolvido nos processos, como o conhecimento por completo das políticas da entidade e poder opinar, democraticamente, sobre os assuntos levados aos cooperados”, enfatiza Sirimarco.