Cooperativismo de crédito aumenta PIB per capita de municípios em 5,6%

Estudo desenvolvido pela FIPE revela o impacto sócio-econômico do cooperativismo de crédito no Brasil.


​Nos municípios brasileiros em que está presente, o cooperativismo de crédito incrementa o Produto Interno Bruto (PIB) per capita em 5,6%; o emprego formal, em 6,2%; e o salário médio, em 1%, além de mobilizar R$ 2,45 em renda a cada R$ 1 concedido e de gerar um posto de trabalho a cada R$ 35,8 mil concedidos pelas cooperativas.

Os dados estão no estudo Benefícios econômicos do cooperativismo de crédito na economia brasileira, feito recentemente em parceria pelo Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi) e pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Solidez
De acordo com o trabalho, as cooperativas de crédito estão presentes em 47% dos municípios do país. Ainda segundo a pesquisa, “ao longo dos últimos 30 anos, elas têm ampliado de forma consistente sua presença, por meio da constituição de novas cooperativas, da expansão dos postos de atendimento ou do aumento do emprego formal atrelado diretamente ao setor”.

Quando se leva em consideração a região, elas têm se consolidado em locais onde tradicionalmente estão presentes, como nos três estados do Sul – que juntos contam com 30% das cooperativas do país – e no Sudeste (preponderantemente em São Paulo e Minas Gerais, com 21,4% e 19,8%, respectivamente). E têm se expandido para o Centro-Oeste e o Norte.

Segundo a pesquisa, “as cooperativas de crédito têm se solidificado no mercado doméstico como uma alternativa de acesso ao crédito e demais serviços bancários e financeiros em condições mais vantajosas e menos onerosas para famílias e empresas”. O trabalho revela que, no segundo trimestre de 2019, os juros cobrados pelas cooperativas às microempresas, com recursos livres, estavam em 35,1%, contra 57,5% cobrado ao setor pelos bancos.

O estudo estimou em quase R$ 21 bilhões o impacto médio anual do crédito ofertado pelas cooperativas sobre a economia brasileira entre 2012 e 2018.

A capilaridade do segmento também tem registrado um aumento constante. Em 2014, eram 3.889 postos de atendimento. Em 2018, já contava com 9.167 postos em sua rede.

Para Harold Espínola, chefe do Desuc, “o estudo revela em bases científicas os impactos positivos que o cooperativismo leva diretamente às comunidades e às regiões onde está inserido e, por consequência, à sociedade em geral. O Brasil é da diversidade e o cooperativismo também – por isso tem potencial para ir bem adiante”, avalia.

Em todo o mundo, o cooperativismo – em todos os seus ramos, incluindo o de crédito, congrega 2,94 milhões de cooperativas e 1,218 bilhão de associados, informa a pesquisa.

BC
No Banco Central, o cooperativismo é observado de perto pelo Desuc, a quem compete a supervisão do setor. Para 2020, o Banco pretende fomentar e implementar uma série de melhorias relacionadas ao assunto. Veja quais no vídeo com o diretor de Fiscalização do BC, Paulo Souza. O cooperativismo também é um dos eixos da Agenda BC#, na dimensão inclusão.

Fonte: Bacen

1 comentário

  1. Vi a propaganda do cooperativismo achei interessante pois pode ajudar mts pessoas mas mt burocrático

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