Os bancos brasileiros começam a operar desde sexta-feira (21) com novos valores para as transferências bancárias. As TEDs (Transferências Eletrônicas Disponíveis) passam a poder ser feitas a partir do valor mínimo de R$ 3.000, em vez de R$ 5.000.
Pelas novas regras aprovadas pelo Banco Central, corretoras, distribuidoras e cooperativas de crédito também poderão operar com esse tipo de transferência. Basta que tenham conta no BC. As liquidações continuam ocorrendo no prazo de um dia.
Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), esse tipo de transação movimentou um total de R$ 10,4 trilhões em 2009.
A CIP (Câmara Interbancária de Pagamentos), responsável pelo processamento desse tipo de operação, realizou um total de 279 mil TEDs por dia em março. Com o novo limite, o órgão estima que esse número passará para 335 mil (aumento de 20%).
Walter Tadeu Pinto de Faria, diretor-adjunto de serviços da Febraban, explica que o aumento dos sistemas de segurança dos bancos permitiu essa mudança. Para ele, a redução do limite de transferência vai trazer facilidades.
– Vai para R$ 3.000 porque o sistema dos bancos está mais seguro. Até hoje, para transferir valores até R$ 5.000 tinha o DOC [Documento de Crédito ], que demora um dia para ser compensado.
As TEDs foram uma ferramenta criada em 2002 para agilizar o SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiro). Antes disso, os clientes só podiam transferir seus recursos usando cheques ou DOC. Além disso, havia o risco de haver a devolução do cheque por falta de fundos. As TEDs são creditadas assim que o banco recebe a mensagem de transferência.
– Mas um não vai matar o outro porque são demandas diferentes. Diminuir mais [o valor mínimo de transferência] só depende de como o sistema se comportará.
Fonte: R7