O Grupo Santander Brasil dobrou o lucro líquido no primeiro trimestre. Os ganhos da instituição atingiram R$ 1,763 bilhão, ante R$ 832 milhões em igual período do ano passado.
Em compensação, a carteira de crédito apresentou expansão de apenas 2% em relação aos três primeiros meses de 2009. Entre as pequenas e médias empresas, a carteira de empréstimos recuou 6,7%.
O diretor financeiro e de Relações com Investidores do grupo, Carlos Galán, afirmou que a evolução dos resultados se explica pelo aumento de 10,2% das receitas e redução de 2,8% das despesa. Neste último caso, a melhora decorreu dos chamados ganhos de sinergia, após a compra do Banco Real (em 2007). Esses ganhos advêm, por exemplo, do enxugamento de estruturas semelhantes nas duas instituições.
As sinergias do Santander com a aquisição do Real superaram as expectativas e chegaram a R$ 1,338 bilhão até março. A previsão era de que ficassem em R$ 1 bilhão. Para o prazo de três anos, a previsão é de R$ 2,4 bilhões.
Galán também disse que a forte queda no crédito às pequenas e médias empresas se explicou pela reestruturação do setor no banco. “A reformulação obedeceu a três critérios: realinhamento dos processos internos, reorganização para melhorar nossos esforços comerciais e o reforço da equipe comercial”, afirmou. Um dos efeitos práticos disso será a contratação de 500 pessoas para atuar na área.
O Índice de inadimplência do Santander encerrou o terceiro trimestre em 7% (8,8% na pessoa física e 5,3% entre as empresas). Ontem o Banco Central informou que a inadimplência média do sistema, em março, foi de 5,2%, ante 5,3% em fevereiro.
Lucro mundial do Santander soma 2,215 bilhões de euros no 1º trimestre – O Santander encerrou o primeiro trimestre de 2010 com lucro líquido global de 2,215 bilhões de euros, uma expansão de 5,7% em relação aos 2,096 bilhões de euros apurados um ano antes. Na América Latina, a instituição registrou lucro de 1,019 bilhão de euros, o que representa elevação de 14,6% perante mesmo trimestre de 2009, quando o ganhou ficou em 890 milhões de euros.
Fonte: O Estado de São Paulo e Valor Econômico