Cooperativas devem ter metas para aumetar participação no sistema financeiro

Foz do Iguaçu – O diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, desafiou as cooperativas de crédito a fixarem metas para acelerar o aumento da participação que têm no sistema financeiro nacional, hoje em torno de 2%, para pelo menos 10% até 2020 ou, no máximo 2025.

Este aumento de participação significa ampliar o atendimento para micro e pequenas empresas e empreendedores individuais, o grande novo filão dos bancos comerciais públicos e privados. Representa, por isso, maior concorrência entre os agentes financeiros, indispensável à queda dos spreads bancários – a diferença entre as taxas praticadas na captação dos depósitos junto ao público e na aplicação dos recursos.

Segundo Carlos Alberto, para que a participação de 10% seja alcançada em dez anos, as cooperativas de crédito precisam aumentar em 18,7% por ano, em média, os volumes de depósitos e de operações contratadas de crédito. Em 15 anos, este percentual médio cairia para 12,11%.

Um dos caminhos apontados para a concretização dessa meta seria as cooperativas trabalharem para serem efetivamente o agente financeiro do sistema cooperativo. Ou seja, financiar, por exemplo, as cooperativas de produção.

O desafio foi lançado durante palestra que o diretor do Sebrae fez no 8° Congresso Brasileiro de Cooperativas de Crédito (Concred) que reúne, em Foz do Iguaçu, cerca de 900 representantes de todos os sistemas cooperativos brasileiros. O Congresso encerra-se nesta sexta-feira, 28.

A palestra ‘Sonhar, ousar, realizar. Os desafios do cooperativismo de crédito após a crise’ tirou o título do capítulo do livro ‘O Cooperativismo de Crédito no Brasil do século XX ao XXI’, que teve como organizadores Diva Benevides Pinho e Valdecir Manoel Affonso Palhares. O livro foi lançado durante o Congresso.

Participação

Carlos Alberto dos Santos elencou algumas das medidas que podem contribuir para ampliar a participação do cooperativismo de crédito no sistema financeiro nacional: adotar novas estratégias na formatação de produtos financeiros e nos canais de distribuição; focar novos segmentos; trabalhar com micro e pequenas empresas, crédito imobiliário, consórcios, seguros e todos os tipos de meios eletrônicos de pagamento.

Fonte: administradores.com.br

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