30/11/2010 – Durante sua participação no evento de irmanamento das cidades de Nova Petrópolis e Sunchales/Arg, o Diretor Regional da ACI Américas, Sr. Manuel Mariño falou aos presentes apresentando um panorama do Cooperativismo na América Latina.
Sobre o irmanamento das cidades que são as Capitais Nacionais do Cooperativismo de seus países, Mariño disse que “queremos que esta experiencia seja transmitida às cooperativa da América Latina. As cooperativas tem rosto humano por serem formadas por vocês e por muitas pessoas mais”.
Manuel Mariño comentou também sobre a proposta de tornar a cidade inglesa de Rochdale na Capital Mundial do Cooperativismo. Este tema foi discutivo na Conferência Regional da ACI Américas que ocorreu em Buenos Aires no final de nov/2010. (veja a notícia)
Sobre o cooperativismo na América Latina, Manuel Mariño comentou que “precisamos criar mais cooperativas na América Latina. As cooperativas devem ser criadas de baixo para cima, por interesse dos sócios e não por interesses políticos ou governamentais”.
Ao falar da importância das cooperativas comentou que “se fosse fácil para todos os cidadãos conseguir emprego e bem estar social, é provável que não houvessem cooperativas. Estas empresas surgem da necessidade e das dificuldades. Nascem da exclusão social ou econômica.”
O cooperativismo “é uma ação coletiva que não pode ser feita de forma individual. Deve seguir as normas e disciplinas, relacionando-se de forma igualitaria”, disse Mariño. As cooperativas “são sociedades de pessoas, pois estas se sobrepõe à tudo. As pessoas criam cooperativas para eliminar o que sentem em função da exclusão.”
“As cooperativa tem um compromisso social evidente. Um compromisso com a melhor distribuição da riqueza, ética e governabilidade, combate à pobreza, e com uma sociedade econômica mais justa.” Manuel Mariño afirmou que a América Latina é o continente que mais apresenta desigualdades sociais.
Para Mariño, as cooperativas podem contribuir para a melhoria deste cenário de desigualdades sociais, pois podem atuar na:
- Consolidação de um diálogo e boas práticas com os governos. As cooperativas são reconhecidas como escolas de democracia
- Consolidação da capacidade econômica;
- Construção de uma base econômica local.
Para Mariño, “as cooperativa fazem importantes aportes ao desenvolvimento econômico e social. As cooperativas são uma das poucas alternativas para enfrentar a globalização e diminuir os efeitos da pobreza.”
O palestrante comentou da dificuldade de termos dados estatísticos confiáveis que indiquem o tamanho do cooperativismo em nível mundial. “Ficamos dependendo de informações repassadas pelas próprias cooperativas”.
Manuel Mariño finalizou sua apresentação dizendo que “em 2012 devemos demonstrar que as cooperativas são uma potência econômica“.
Veja o conteúdo completo da apresentação de Manuel Mariño. Clique sobre a imagem abaixo.
Por Márcio Port