O Sicoob no Espírito Santo, somou um valor de R$ 55,7 milhões de sobras, no ano passado. Isso equivale a 40,67% de crescimento em relação ao ano anterior.
Segundo o diretor-executivo do Sicoob, no Espírito Santo, Francisco Reposse Junior, a crise econômica que afetou muitos no ano de 2009, não chegou a abalar a cooperativa. Entre os principais motivos desse resultado estão o aumento nas receitas de serviços, como seguros e previdências, e o acréscimo de R$ 200 milhões na carteira de crédito.
A 3ª maior rede de atendimento no Espírito Santo
“É verdade que nós temos um DNA rural e crescemos como uma cooperativa rural. Hoje estamos abertos a todos e isso é muito bom. Atendemos pessoas jurídicas igualmente. Hoje somo a terceira maior rede de pontos de atendimentos bancarias no Estado“, afirmou.
Em buscas de resultados ainda melhores, e com previsão de uma nova inauguração agência no município da Serra, Francisco Junior diz que a meta é a Grande Vitória. “Estamos aqui há quatro anos. E queremos continuar e crescer com mais força. Inauguramos na semana passada a agência de Vila Velha e até março outra agência, em Laranjeiras, na Serra. Além dessas também vamos inaugurar uma na Reta da Penha”, contou o diretor que em outubro de 2010 inaugurou a agência em Jardim Camburi.
Para atingir o objetivo, o diretor-executivo diz que o objetivo é abrir novas agências e divulgar os benefícios que a cooperativa oferece, entre elas estão a participação dos clientes nos lucros e a não cobrança de tarifas. “Nós atendemos as micros, pequenas e médias empresas, mas queremos também as grandes empresas. Digo que 71% do PIB capixaba estão aqui na Grande Vitória. Desses, 80% é só de Vitória. Será um desafio manter e crescer nas cidades”.
O Sicoob está presente em 63 municípios do Estado e emprega 900 funcionários. Já em 2011, mais 30 pessoas foram contratadas. E a previsão é de que este número dobre. “Nós gastamos 1 milhão em capacitação em 2010”, informou Reposse Junior.
Francisco Reposse Junior disse que a cooperativa faz um planejamento a cada quatro anos e disse que o sistema de cooperativas possui 4% dos depósitos capixaba, mas que quer mais. “Queremos atingir a marca dos 6% nos próximos quatro anos. Nos créditos, temos 8%, mas queremos 12%”.
Com cartões de créditos com a bandeira da Visa e do Mastercard, Reposso Junior disse que eles podem ser usados até no exterior. “Os nossos cartões são iguais aos dos outros bancos. Funcionam em qualquer caixa 24h e também nas agências do Banestes. Tudo sem tarifa de serviço, o que é uma imensa vantagem”.
Além da não cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), Francisco Reposse ressalta que a divisão dos resultados é um dos principais atrativos do Sicoob em relação às instituições financeiras tradicionais. “Se somarmos 2009 e 2010, são R$ 95 milhões distribuídos entre os seus verdadeiros donos. Se não existissem instituições como o Sicoob, esse lucro estaria nas mãos dos banqueiros públicos ou privados”.
Os resultados são distribuídos entre os sócios de acordo com a movimentação que cada um realiza com a cooperativa. A composição do valor leva em consideração o saldo médio em conta corrente, as aplicações financeiras e os empréstimos.
Segundo o diretor-executivo, se os lucros fossem divididos igualmente entre as operações, a remuneração dos saldos médios em conta corrente ficaria em 3,84% ao ano ou em 0,32% ao mês. No caso das aplicações, além do percentual médio pago pelo Sistema (9,19% ao ano), o cliente receberia mais 1,71% do total investido, o que equivaleria a uma remuneração global de 10,91% ao ano. Em relação aos empréstimos, quem pagou juros 1,72% ao mês, por exemplo, teria a taxa reduzida em 0,80% e, ao final, pagaria juros reais de apenas 1,65% ao mês.
“Em 21 anos de existência, o Sicoob faz anualmente a distribuição dos lucros. Ou seja, o resultado da instituição é repassado ao seu verdadeiro dono e nunca tivemos nenhum tipo de prejuízo com isso”, afirma.
Fonte: ES Hoje