Na edição de Março/2011 da Revista Sicoob estão elencados os principais desafios do Cooperativismo de Crédito do Brasil. Estas informações constam logo depois da entrevista realizada com a Presidenta Dilma Rousseff.
Principais desafios:
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Definir o marco regulatório para permitir ao cooperativismo de crédito a atuação nas áreas de seguro, bolsas de valores e de mercadorias.
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Regulamentar o relacionamento negocial das cooperativas de crédito com as pessoas jurídicas de direito público interno (art. 164 § 3º, da CF/88).
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Criar um instrumento que permita regular o aval solidário coletivo.
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Adequar a regulamentação da legislação referente ao plano de segurança para cooperativas de crédito.
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Autorizar transferência de verbas subsidiadas pelo BNDES para repassar aos cooperados nos moldes dos bancos públicos.
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Desburocratizar o acesso aos recursos do BNDES.
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Possibilitar a participação das cooperativas no fundo garantidor bancário, como forma de elevar as garantias e a solidez do sistema nacional de crédito cooperativo.
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Possibilitar a equiparação legal, para fins tributários, do fundo garantidor das cooperativas de crédito com o Fundo Garantidor das Instituições Financeiras (FGC) tradicionais.
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Aprovar o projeto de lei que assegura o acesso das cooperativas de crédito – diretamente ou via bancos cooperativos – a recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
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Buscar parcerias com o BNDES-Par, via participação deste em um Fundo de Investimentos, a ser constituído pelas sociedades cooperativas.
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Apoiar, por meio do Governo, o cooperativismo de crédito, para acesso aos recursos oficiais, e extensão dos serviços autorizados somente para instituições financeiras oficiais.
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Fazer valer o Decreto 6.386/2008, art 4º, inc. VIII, que dá prioridade às cooperativas de crédito no desconto dos empréstimos consignados em folha do servidor público federal, bem como do artigo 113 da Lei 5.764/1971, que trata da prioridade das cooperativas para recebimento de crédito de pessoas jurídicas que efetuem descontos na folha de pagamento de seus empregados e associados de cooperativas.
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Garantir que o associado possa fazer a opção de receber salário pela cooperativa.
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Autorizar as cooperativas de crédito a repassarem recursos ou a pagarem aos prestadores de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).
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Autorizar pagamentos dos proventos militares por meio dos bancos cooperativos e/ou cooperativas de crédito.
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Ampliar a linha de financiamento do Programa de Capitalização de Cooperativas de Crédito (Procapcred), operacionalizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), a todas as cooperativas de crédito, inclusive às de servidores públicos.
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Reduzir os encargos financeiros do Procapcred e manter o programa como política pública.
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Garantir acesso às linhas de crédito de custeio no âmbito do Pronaf.
Fonte: OCB e Revista Sicoob