Atualmente, a instituição realiza auditoria externa em 429 cooperativas de crédito distribuídas no território nacional
A Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa (Cnac) entrou 2011 conquistando clientes importantes. Hoje, a Cnac responde pela auditoria externa em 65% das maiores cooperativas brasileiras, segundo dados divulgados pelo Banco Central. E esse número deve crescer, acredita o presidente da confederação, José Luis Barreto Alves. “A Cnac tem um constante ingresso de cooperativas e a perspectiva é aumentar esse número para 80% até o final do ano”, disse. Segundo Alves, existe um trabalho permanente para potencializar a forma de atuação da Cnac e o ganho de escala de seus custos fixos.
Já são 429 cooperativas auditadas
“Atualmente, a instituição realiza auditoria externa em 429 cooperativas de crédito distribuídas no território nacional”, informou o diretor da instituição, Alexandre Euzébio Silva.
O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, destaca que as cooperativas de crédito têm se firmado como referência no Sistema Financeiro Nacional não só por suas taxas diferenciadas, mas pelo profissionalismo da gestão.
“O setor passa por um controle rígido imposto e fiscalizado pelo Banco Central. Da mesma maneira, são também determinantes as auditagens feitas interna e externamente”, disse. Freitas ressalta, nesse contexto, o trabalho desenvolvido pela Cnac. “Assim como na Alemanha, nosso desafio no Brasil é consolidar a participação da Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa e, assim, continuar crescendo, com indicadores cada vez mais positivos”, ressaltou.
A entidade, criada em 2007, tem como objetivo qualificar e buscar a uniformidade na análise dos balanços das cooperativas de crédito, além de atender à Resolução Nº 3.442 do BC, que exige a contratação de serviços de auditoria de demonstrações contábeis. É fruto de antigo desejo do segmento de elevar constantemente a transparência em seus processos de gestão, promovendo o acesso às informações, fortalecendo, assim, a governança do seu quadro social com vistas a potencializar os resultados e a condução da cooperativa.
Primando pela elevada qualidade técnica, conjugada com a isenção e a independência da diretoria para realizar programas de controle de qualidade, a Cnac realiza o trabalho focado na metodologia de auditoria para cooperativas de crédito, considerando as novas normas e as orientações do BC.
Software de auditoria
Além disso, utiliza o mesmo software de auditoria reconhecido por mais de 16 mil auditores no mundo e investe fortemente na capacitação do quadro de auditores.
“ A OCB, desde o início, incentivou a criação da Cnac, uma vez que essa é uma experiência extremamente exitosa em outros países”, comenta o gerente de Relacionamento e Desenvolvimento do Cooperativismo de Crédito da OCB, Silvio Giusti. Como exemplo, Giusti cita a Alemanha, onde esse processo serviu de pilar para a consolidação do fundo garantidor e o crescimento do cooperativismo e hoje, o setor participa com mais de 20% do mercado financeiro.
Recentemente, foi eleito o corpo diretivo da instituição, que conta com o presidente, José Luis Barreto Alves, representando a Unicred, o vice-presidente, Celso Raguzzoni Figueira, pelo Sicredi, e o conselheiro vogal, Cergio Tecchio, pelo Sicoob.
Fonte: OCB
não sou contra o cnac, no entanto as regras para auditores externos deveriam também ser aplicadas ao cnac, pois auditoria externa, deve atender a todos os principios, incluindo a Res. 3.198, ou será que auditoria externa é diferente de auditoria externa. o mercado é para todos e não um nicho fechado para esse ou aquele.
A Resolução 3.442/07 foi revogada pela Resolução 3.859 /10, a qual alterou e consolidou normas relativas à constituição e funcionamento de cooperativas de crédito.