É da natureza humana a competitividade. Desde a concepção, a luta pela sobrevivência ou liderança, é inerente ao homem. Entretanto, ao longo da história da humanidade nota-se que grandes realizações e feitos nunca foram obras do ”exército de um homem só”.
Capitalismo ou Socialismo?
No início da década de 80 (século XX), o meio acadêmico discutia qual seria o modelo socioeconômico e político que seria aplicado no século seguinte. Capitalismo ou socialismo? E defendia-se que haveria uma revolução gerencial, em que as grandes corporações ditariam as regras através do poder econômico e assumindo o papel social que o governo exerce deficientemente.
Em meio a esses modelos, evidencia-se o fortalecimento do cooperativismo. Esse modelo, que nasceu em meados do século XIX, possui características extremamente modernas. Por que atuais e modernas? Porque o cooperativismo consegue extrair o que existe de bom no capitalismo enquanto gerador de negócios e lucros, com o que existe de bom no modelo socialista que é a preocupação com o atendimento dos interesses sociais.
O cooperativismo capacita e qualifica os participantes, apóia e dá sustentação na geração de riquezas, bem como cria auto-sustentabilidade para o desenvolvimento social. Se trabalharmos o sentido de cooperativismo em sua essência, certamente a sociedade passará por uma mudança cultural, vivendo os benefícios da correção dos desníveis sociais e injustiças que trarão uma convivência harmoniosa e colhendo os frutos de um país com melhores indicadores de desenvolvimento humano, redução do analfabetismo e violência urbana.
O cooperativismo liberta o homem do individualismo e direciona para a coletividade, que aí sim, gera grandes obras. Sem discursos demagógicos ou utopias, o cooperativismo administrado de forma completa, demonstra que há um terceiro modelo socioeconômico e político que com competência faz acontecer o que todos nós esperamos: um modelo prático e aplicável, onde nenhuma verdade seja absoluta.
”Nem capitalismo, nem socialismo. Mas sim, cooperativismo”
Autor: Sergio Cintra Feijó – Professor de graduação e pós-graduação e consultor de empresas em gestão e estratégia empresarial em Londrina. Artigo publicado no jornal Folha de Londrina – 06/09/2007.
Parabéns Marcio pelo artigo que o site tráz para nós refletirmos.
Grande abraço.