No Movimento de Desjardins, das 451 cooperativas (chamadas caisses) haviam e ainda existem, muitas pequenas cooperativas de crédito que não tinham tamanho suficiente para atender grandes empresas. A saída foi deixar as cooperativas no atendimento das pessoas físicas e criar os CFE´s (Centros Financeiros) para atender as empresas, com expertise oriunda do conjunto de Diretores Gerais das cooperativas. O funding para as operações de crédito para pessoas jurídicas pode ser formado com recursos de uma única cooperativa ou pelo funding de um conjunto de cooperativas, dependendo do montante envolvido.
Atualmente praticamente todas as Cooperativas participam de um dos 48 Centros Financeiros existentes. Esta caracteriza tem como vantagem a diversificação do risco entre várias cooperativas. Atualmente discute-se a criação de um novo centro, coordenado pela Federação das Cooperativas, para atender as grandes empresas que não são atendidas pelos Centros Financeiros.
Atualmente as cooperativas estão criando Centros Administrativos com o objetivo de centralizar o back-office, papel este que não é trabalhado pela Federação das Cooperativas. A quantidade de cooperativas que integram um mesmo centro administrativo varia de um lugar para outro. Os serviços prestados por eles também variam, cabendo às próprias cooperativas definir o que será centralizado.
Também estuda-se a criação de 3 centros para a administração de grandes fortunas, de pessoas que possuem grande volume de recursos e que hoje não são atendidas pelas cooperativas.
Por Márcio Port, direto de Montreal no Canadá