São Paulo – As cooperativas de crédito que já detêm 2,2% de participação no Sistema Financeiro Nacional (SFN), registram um ritmo de crescimento anual ao redor de 35% e a meta do setor é de atingir 10% do crédito no Brasil de forma sustentável até 2020. E assim se igualar a outros países, como França e Alemanha, que possuem cerca de 40% do crédito com origem no cooperativismo.
Até outubro, o saldo de empréstimos realizados às pessoas físicas por meio das cooperativas chega a R$ 30,065 bilhões, de acordo com o Banco Central, um acréscimo de 1,69% ante setembro, quando ficou em R$ 29,564 bilhões, e de 24% na comparação com outubro de 2010.
Já a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) detalha que os ativos acumulados nos primeiros seis meses de 2011 chegam a R$ 78 bilhões, com patrimônio de R$ 14,5 bilhões e depósitos de R$ 35 bilhões. Os empréstimos totalizam R$ 33 bilhões.
O gestor de Crédito da OCB, Silvio Giusti, explica que o crescimento dos últimos anos tem sido na faixa de 30%, mas que para 2012 a projeção é superior por conta da instabilidade econômica mundial. “Em 2008, durante a crise financeira, houve um degrau de crescimento, o que pode se repetir em 2012. Os bancos tradicionais têm cuidado com a instabilidade internacional, pois têm exposição aos ativos. Já as cooperativas não têm essa exposição e mantêm a oferta”.
As cooperativas de crédito podem funcionar de forma segmentada, como de funcionários públicos, empresários rurais, etc. ou de livre admissão, que aceitam diversos associados, sejam pessoas físicas ou jurídicas.
Em 2010, o Banco Central, por meio do Conselho Monetário Nacional liberou a atuação das entidades livres para municípios de qualquer porte.
Fonte: Jornal DCI