Presidente da instituição falou sobre o tema durante o lançamento da Agenda Legislativa do Cooperativismo
“O Banco Central do Brasil (BC) sabe da importância do cooperativismo de crédito. O setor contribui de forma relevante para o processo de inclusão financeira no país, e o BC tem participado desse processo. Temos trabalhado, ainda mais intensamente nos últimos cinco anos, para o desenvolvimento das cooperativas de crédito, a partir de uma regulação sólida”. Assim, o presidente do BC, Alexandre Tombini, deu início ao seu pronunciamento durante o lançamento da Agenda Legislativa do Cooperativismo 2012, na noite desta terça-feira (28/02), na Fundação Casa do Cerrado, em Brasília (DF).
“Dos 5,5 mil municípios atendidos por instituições financeiras, 500 contam exclusivamente com cooperativas de crédito. A tendência é que, nos lugares onde elas atuam, as tarifas e taxas cobradas nos empréstimos sejam menores”, disse, enfatizando que o segmento também fomenta o empreendedorismo, citando a união de microempreendedores para a formação de cooperativas.
Em seguida, o presidente do BC destacou o crescimento do setor na última década, falando também sobre sua peculiaridade, de promover o desenvolvimento local nas comunidades onde se faz presente. “Hoje, 5,5 milhões de pessoas participam do sistema cooperativo de crédito. Há dez anos, eram pouco mais de 1,5 milhão. Isso mostra uma consolidação em maior escala”, disse.
Tombini também creditou os resultados alcançados a um convênio de cooperação técnica firmado entre o banco e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) em abril de 2010, visando à profissionalização da gestão. “Por meio de resoluções e novas linhas, criamos um ambiente favorável, mas também cobramos um esforço do setor para a efetivação desse processo. O desenvolvimento do sistema de auditoria, por exemplo, foi um passo importante, mas é preciso continuar trabalhando para que ele seja ainda mais robusto”, comentou.
“Mesmo com todos os avanços, o cooperativismo de crédito ainda responde por uma parcela pequena do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Há um chão a ser percorrido. Aumentar esse percentual deve ser uma meta do segmento, ter a ambição de crescer ainda mais. Com certeza, o Brasil ganharia muito com isso no futuro”, complementou Tombini.
Fonte: OCB