Constituindo um dos veículos mais úteis e abrangentes para um desenvolvimento justo e equilibrado da sociedade, baseado na livre e autônoma iniciativa de seus próprios membros, o cooperativismo tem sido objeto de aconselhamento cada vez mais frequente em fóruns internacionais ou supragovernamentais. E é por isso mesmo que, em 2012, recebeu a máxima consagração institucional com o lançamento, pela Organização das Nações Unidas (ONU), do Ano Internacional do Cooperativismo.
No Brasil, ainda que se desenvolva razoavelmente em algumas áreas, o movimento tem um longo caminho a percorrer para atingir a representatividade a ele reservada. Prova disso é que menos de 10% da população é associada a alguma das entidades distribuídas entre os 13 ramos de atuação.
No meio financeiro, em que posicionadas as cooperativas de crédito, a realidade, considerando dados consolidados, também não é muito distinta, ainda que haja um conjunto de fatores que possam explicar o estágio atual. Com efeito, embora o volume de ativos tenha ultrapassado a barreira dos R$ 100 bilhões no final de 2011, a quantidade de cooperados recém aproxima-se dos 6 milhões de membros (3% da população), e a participação relativa encontra-se estacionada em ínfimos 2% do sistema financeiro, números estes desproporcionais à grandeza da rede de atendimento – que já alcança 5 mil pontos espelhados por todo o país – e não condizentes com a capacidade e a importância do movimento.
A jornada, portanto, situa-se ainda na faixa de partida, revelando apenas os primeiros passos. Contudo, caso prevaleçam práticas de gestão sadias e qualificadas – respeitada a doutrina universal baseada em valores e princípios – a conduzir com equilíbrio as perspectivas empresarial e social do empreendimento, logo mais o setor ostentará representação bem mais significativa também aqui, melhorando, por conseguinte, a vida de mais e mais cidadãos e empreendedores nacionais, secundando caminhada exitosa do cooperativismo de crédito na Europa, Ásia e América do Norte.
Como forma de promover uma maior divulgação do cooperativismo de crédito brasileiro, colocando em evidência seus predicativos e as suas melhores práticas, e de disseminar ideias que possam contribuir para um desenvolvimento mais ousado do setor, tomamos a iniciativa de, em parceria intersistêmica, elaborar “O cooperativismo de crédito ontem, hoje e amanhã”, livro que, além de retomar a história do cooperativismo de crédito brasileiro em sua essência (o ontem) e reproduzir denso e detalhado diagnóstico acerca do seu estágio atual (o hoje), se propõe a oferecer subsídios úteis a um novo ciclo de desenvolvimento, para que o movimento possa alcançar um patamar – situado entre o “dígito superior” e os dois dígitos do sistema financeiro nacional – mais próximo de seu efetivo potencial (o amanhã).
Nessa direção, entre os temas que o estudo explora com mais profundidade destacam-se:
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detida e pragmática abordagem dos valores e princípios cooperativistas e ampla evidenciação dos apelos e diferenciais do cooperativismo de crédito, de maneira a estimular a invocação do tipo societário (preferencialmente aos bancos) como argumento de venda;
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visitação às principais experiências globais do setor, permitindo colher referências compatíveis com a realidade socioeconômica do país;
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recomendações detalhadas sobre estratégias a serem postas em ação para ampliar o volume de negócios com os atuais e futuros cooperados, e incentivar novos entrantes, como forma de otimizar o direcionamento de esforços dos dirigentes e executivos, com vistas a uma “nova empreitada” expansionista;
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apreciação didática do marco regulatório vigente, facilitando a compreensão, a aplicação e a adequada utilização de seu conteúdo;
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apresentação de respostas objetivas às indagações mais recorrentes sobre os novos padrões de governança e de sugestões quanto aos papéis a serem conferidos a cada um dos protagonistas (atores principais), de modo a tornar mais assertivas as decisões nesse campo;
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reflexões propositivas do SEBRAE sobre o futuro do setor cooperativo, demonstrando o potencial de crescimento através dos micro e pequenos empreendedores, estimulando uma maior aproximação com esse importante e imprescindível segmento da economia;
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demonstração do funcionamento de uma cooperativa de crédito em toda a sua dimensão, com aplicação dos fundamentos da boa governança, revelando uma espécie de entidade-modelo a servir de paradigma para as melhores práticas.
A grande mensagem do novo ensaio – cujo lançamento ocorrerá oficialmente no próximo dia 21, em Nova Petrópolis (Capital Nacional do Cooperativismo), durante o 9º Concred – é a de que a lista de desafios para dias melhores no cooperativismo de crédito não contempla dependência de ações de terceiros, uma vez que estão dadas as condições legais e institucionais para o livre desenvolvimento do setor. A “ordem” para uma marcha mais acelerada, portanto, há de partir exclusivamente dos líderes e executivos do próprio movimento.
“As cooperativas de crédito são atores essenciais no processo de desenvolvimento econômico do país, fundamentais para a democratização do crédito. Fortalecer o cooperativismo e estimular seu crescimento é uma exigência para um desenvolvimento com justiça social e mobilidade”. (Presidenta Dilma Rousseff – Revista Sicoob, edição de jan.-mar./2011).
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Comercialização:
O livro será comercializado por R$ 60,00 (clique aqui e adquira o seu exemplar), sendo que durante o Concred os participantes poderão adquiri-lo com 10% de desconto, a R$ 54,00.
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