O Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCOOP) deve contar inicialmente com 400 milhões de reais ao entrar em operação no próximo ano, relevou nesta terça-feira o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Controle de Operações do Crédito Rural do Banco Central, Sidnei Correa Marques.
O Fundo Garantidor de Crédito (FGC), por exemplo, deve repassar entre 50 milhões de reais e 100 milhões de reais, correspondente à contribuição das cooperativas para o Recheque – recursos obtidos com taxas de devolução de cheques ou retirada de nome da lista de clientes que passaram cheques sem fundos.
As taxas são repassadas atualmente ao FGC, incluindo a parte que corresponde às cooperativas. O restante do dinheiro virá dos fundos garantidores já existentes das maiores entidades que reúnem cooperativas. São dez fundos, com cerca de 300 milhões de reais. A expectativa é que o fundo, assim como o FGC, cubra 98% dos créditos. Hoje, há 1 234 cooperativas e dois bancos cooperativos, que representam cerca de 6 milhões de associados.
O Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCOOP) terá o valor de cobertura e o porcentual de contribuição iguais aos do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). A cobertura será de R$ 70 mil por CPF e a contribuição de 0,0125% ao mês, o que corresponde a cerca de 0,15% ao ano sobre a base de créditos segurados.
O diretor afirmou, durante o IV Fórum Sobre Inclusão Financeira do BC, que a expectativa é de que o fundo comece a funcionar entre março e junho de 2013. “O fundo vai estimular as operações entre os cooperados e colaborar para redução das taxas de empréstimos, pois haverá mais competição”, afirmou.
Solidez –
As cooperativas de crédito estão sólidas e sem problemas de liquidez, garantiu Marques. O diretor do BC ressaltou também que o índice de Basileia dessas instituições está em 27,1%, acima dos 17,1% dos bancos.
Sidnei relatou que o número de cooperados praticamente triplicou em quase dez anos. As cooperativas representam 2,4% dos ativos totais do sistema financeiro, abaixo do que se verifica, por exemplo, na Costa Rica (8%) e na Alemanha (25%). “Nosso objetivo é, em algum momento, chegarmos aos dois dígitos. A Alemanha é um bom parâmetro.”
O diretor negou ainda que a criação de outros fundos garantidores esteja em pauta neste momento.
Fonte: Veja e Estadão
Vejo esta notícia como grande incentivo para que as cooperativas possam alavancar seus Depósitos. Haverá maior segurança para os associados ao aplicar seus recursos disponíveis. As Cooperativas estão cada vez mais inseridas no mercado financeiro e a Constituição do FGC vai sem dúvida abrir novos horizontes para as cooperativas que queiram aumentar seus volumes de operações