Resultado representa incremento de 25% em relação ao ano anterior
O Sicredi pretende desembolsar R$ 18 bilhões em financiamentos ao longo de 2013 em todo o País. Caso a projeção se confirme, o desempenho será o melhor já obtido pela instituição e representará um incremento de 25% em relação aos negócios feitos em 2012. Com a carteira recheada por causa dos lucros da supersafra de grãos deste ano, os produtores rurais serão os principais responsáveis pela demanda de crédito do banco nesta temporada. A expectativa é de que o setor agrícola responda por 60% do volume de pedidos, sendo o restante voltado ao crédito pessoal e comercial.
“O Rio Grande do Sul deve responder por 50% dos valores financiados em 2013“, projeta o presidente da cooperativa, Ademar Schardong. Mesmo assim, segundo o dirigente, a instituição está passando por uma mudança de perfil em relação à concessão dos empréstimos. “Éramos voltados essencialmente ao financiamento agrícola, mas essa lógica deve se inverter nos próximos anos. É uma questão natural, pois o setor primário responde por 40% do PIB do País e os demais segmentos por 60%. É possível que tenhamos essa mesma divisão no Sicredi”, aponta o dirigente, que ontem palestrou no Tá na Mesa, da Federasul. O executivo se mostra otimista com as perspectivas da economia brasileira para os próximos anos. Mesmo assim, ele acredita que o cenário de luta contra a inflação deve permanecer, e os juros tendem a ser elevados. “É um ledo engano pensar que vamos conviver com juros de Europa nos próximos anos. Mas teremos taxas de juros mais civilizadas em relação a tempos atrás”, projeta.
“o diferencial do Sicredi está no tipo societário e não nos produtos oferecidos”
Em um mercado financeiro dominado por grandes players, Schardong destaca que o diferencial do Sicredi está no tipo societário e não nos produtos oferecidos. “O produto bancário é commoditizado. O cartão de crédito é igual em qualquer banco”, exemplifica, mencionando que a cooperativa possui “2,3 milhões de donos”. A expectativa para este ano é de aumentar em 200 mil a quantidade de cooperativados.
“o diferencial competitivo do futuro não será preço, qualidade ou produto, mas, sim, o valor que a organização representa para as pessoas que se utilizam dos seus serviços”
Para o presidente, a relação entre as empresas e a sociedade passa por uma profunda transformação. “As grandes corporações já estão começando a humanizar suas atividades. Isso porque o diferencial competitivo do futuro não será preço, qualidade ou produto, mas, sim, o valor que a organização representa para as pessoas que se utilizam dos seus serviços”, aponta. Neste sentido, ele destaca que, para acompanhar esse movimento, as companhias vão precisar investir em diversos aspectos, entre eles, a governança.
Fonte: Jornal do Comércio