Destacando-se no setor de crédito, as cooperativas devem saber alinhar o modelo de governança às melhores práticas do mercado
O desempenho do Sicredi no final de junho deste ano registrou um crescimento de 21,3%, em relação ao mesmo período de 2012, totalizando R$ 35,8 bilhões de ativos. A alta capitalização reflete o bom momento das cooperativas de crédito, as quais devem se expandir ainda mais nos próximos anos. “As cooperativas representam a força da união das pessoas em torno de objetivos comuns, são agentes que promovem o desenvolvimento econômico e social das comunidades onde atuam”, diz o presidente executivo do Sicredi, Ademar Schardong. “Elas incentivam o empreendedorismo, criam oportunidades de negócio, asseguram a manutenção de empregos nas comunidades e promovem o crescimento das pessoas e das regiões onde estão presentes“, completa.
De acordo com Schardong, os resultados do Sicredi são também reflexo do modelo de governança da instituição, alinhado “às boas práticas de mercado e de programas que oferecem a formação necessária para que os associados participem efetivamente do processo de gestão”. Esse crescimento, ainda segundo o executivo, “demonstra a pujança de uma organização cujo diferencial competitivo é o tipo societário que oferece – uma sociedade de propriedade coletiva, a serviço do desenvolvimento econômico dos associados e de suas comunidades, com práticas sustentáveis de governança corporativa”, afirma.
.
Os desafios
As cooperativas também encontram muitos desafios. Entre estes, tornar as características cooperativas cada vez mais conhecidas e a governança, como explica Schardong. “Temos muito a percorrer no que diz respeito aos conhecimentos específicos das sociedades cooperativas e a evolução que temos tido“, diz. Porém, como explica o executivo, o grande diferencial competitivo das cooperativas de crédito está no tipo societário, uma sociedade de pessoas, cujos resultados são distribuídos na proporção das operações e não no capital integralizado, “que prima pela organização econômica das pessoas, que respeita a vocação econômica das regiões, que atua a partir das demandas da sociedade para a sociedade”, conclui.
Para que as cooperativas de crédito possam atuar no mercado de varejo, se concentrado nas maiores instituições financeiras do país, é preciso uma gestão no modelo de iniciativa privada e um processo de governança que respeite o tipo societário, esclarece o executivo. “Como instituição financeira, a cooperativa de crédito está sujeita aos riscos decorrentes da sua atividade fim: risco de liquidez, de crédito, de mercado, operacional e de imagem. Mitigar estes riscos e alinhar o processo de gestão as suas características próprias é desafio presente dos seus líderes e administradores“, pondera.
Fonte: Portal Crédito e Cobrança