Ademar Schardong é o Personalidade de Marketing ADVB 2013

Presidente-executivo do Sicredi recebeu o troféu na quarta-feira, em cerimônia de entrega do TOP de Marketing ADVB 2013 no Teatro do Bourbon Country. Evento reuniu principais lideranças do Estado em edição que atingiu recorde de inscrições.

A diretoria da ADVB/RS escolheu o executivo Ademar Schardong, presidente-executivo do Sicredi, para receber o título Personalidade de Marketing ADVB 2013. A cerimônia, que reuniu as principais lideranças do Estado no 31º TOP de Marketing ADVB/RS, foi realizada na última quarta-feira (27), às 19h30, no Teatro do Bourbon Country. Um dos principais articuladores do movimento de retomada do cooperativismo de crédito, Ademar Schardong, contribuiu para transformar o Sicredi em referência internacional por seu modelo de organização sistêmica com adoção de marca única em todas as cooperativas integrantes do Sistema.

A instituição financeira cooperativa é também o terceiro maior grupo econômico do Rio Grande do Sul e o 14º da Região Sul. Hoje, o Sicredi tem definida uma curva ascendente de crescimento até 31 de dezembro de 2015, quando os ativos totais passarão dos atuais R$ 38,4 bilhões para mais de R$ 60 bilhões. Mesma evolução programada para os números de associados, que saltarão dos mais de 2,4 milhões para 3,5 milhões. “Esse crescimento é reflexo de uma organização cujo diferencial competitivo é o tipo societário que oferece – uma sociedade de propriedade coletiva, a serviço do desenvolvimento econômico e social dos associados e de suas comunidades, com práticas sustentáveis de governança corporativa. Tudo isso está atrelado a nossa causa. Somos uma instituição financeira cooperativa que valoriza a vocação econômica das regiões onde está inserida e promove a agregação de renda, uma vez que os recursos gerados são reinvestidos na própria região de atuação”, disse o presidente-executivo.

A exemplo do que já acontece em outros países, a potencialidade das cooperativas de crédito no sistema financeiro brasileiro – hoje em torno de 3% – tem tudo para chegar a 20% ao longo dos próximos 20 anos. Nos Estados Unidos elas têm participação de 22% do mercado financeiro de varejo, na Alemanha 23%, na Holanda 24% e na França 18%.

As parcerias estratégicas também têm contribuído para o crescimento do Sicredi, que em 2010 passou a contar com a experiência do Rabobank, um dos maiores sistemas cooperativos do mundo localizado na Holanda e, em 2011, com a IFC – Corporação Financeira Internacional, braço financeiro do Banco Mundial e que disponibiliza linhas de crédito de longo prazo, principalmente para micro e pequenas empresas em países em desenvolvimento. “Estas parcerias constituem-se em relações estratégica de longo prazo entre instituições com afinidades de propósitos que estão focadas no desenvolvimento do cooperativismo de crédito como um modelo de organização econômica da sociedade”, destacou Schardong.

Atualmente, o Sicredi está organizado em um sistema com 106 cooperativas de crédito filiadas que operam com uma rede de atendimento com mais de 1.230 pontos. A estrutura conta ainda com quatro Centrais Regionais – acionistas da Sicredi Participações S.A. – uma Confederação, uma Fundação e um Banco Cooperativo que controla uma Corretora de Seguros, uma Administradora de Cartões e uma Administradora de Consórcios.

REFLEXÕES DE SCHARDONG

Conhecimento – O executivo tem quer ter consistência técnica, operacional, financeira, jurídica, econômica e estratégica na tomada de decisão. Do contrário, em determinado momento, ele erra. E esse erro pode ser fatal para a organização. Não se pode subestimar a necessidade do conhecimento.

Planejamento estratégico – Tem que ser um processo dentro da organização para se ter clareza para onde o empreendimento pretende ir. Hoje, existem muitas ferramentas e metodologias. O certo é usar a que melhor convém. Planejamento se faz todo o dia, permanentemente. Se for feito por eventos, se torna inócuo.

Gestão – É preciso ter muito cuidado com o processo de gestão de pessoas. Gestão de pessoas não é feita por diretoria, por departamento, é feita por gestores. E gestor não é só diretor ou gerente, mas todo aquele que lidera mais de uma pessoa.

Governança – Governança não é mandança, mas um processo que se estrutura para administrar os riscos das relações que a empresa tem com todos os seus públicos de relacionamento: sócios, clientes, fornecedores, empregados, órgão e instituições públicas e, em especial, com as relações do empreendimento com a sociedade.

Sustentabilidade: É algo que não se constrói com pressa. Precisamos debater as formas, os procedimentos e de que maneira cada um contribuirá para satisfazer as necessidades atuais, das próximas gerações e do nosso próprio empreendimento cooperativo.

Liderança: Um executivo contemporâneo, para liderar uma equipe precisa gostar de gente, conhecer e respeitar as competências e as características das pessoas. É preciso ter habilidades para colocá-las onde podem ser mais felizes dentro da organização, o que fará com que produzam mais.

UM POUCO DA HISTÓRIA

Falar de Ademar Schardong é falar do Sicredi, duas histórias alinhadas nos últimos 30 anos, período em que ajudou a construir esta instituição financeira cooperativa. Filho de pequeno produtor rural, Ademar Schardong, 55 anos, nasceu em Crissiumal, interior do Rio Grande do Sul. Lá fez suas raízes, casou e teve dois filhos. Em 1980, um grupo de profissionais foi convidado pela Federação das Cooperativas de Trigo e Soja (Fecotrigo) a participar de um diagnóstico sobre as cooperativas agropecuárias do RS e sobre as perspectivas para financiamento agrícola para pequenos produtores. Ele era um deles. Ali começou sua vida em Porto Alegre.

Em 1982, junto com Mário Kruel Guimarães, então vice-presidente da Fecotrigo, foi iniciado o processo de fundação do Sicredi. E vieram todos os tipos de dificuldades. “Em 1986, anoitecemos com 70% de inflação e amanhecemos com zero. Quebramos todos, enquanto instituição financeira. Após, reestruturamos, colocamos todo nosso operacional com o BNCC (Banco Nacional de Crédito Cooperativo), que foi extinto pelo Governo da época. Nossos cheques ficaram sem compensação no dia seguinte.”, destaca.

Schardong mergulhou, tecnicamente, nas questões que envolvem o sistema financeiro nacional, títulos societários. Enfrentou, junto com seus líderes da época, um Estado contra o que queria fazer. O Banco Central (BC) era literalmente contra. “Com a promulgação da Constituição de 1988, as cooperativas de crédito foram inseridas no Sistema Financeiro Nacional abrindo espaço para a conquista de outras mudanças na legislação”, revela.

Em 1995 foi autorizada a constituição do Banco Cooperativo Sicredi, o primeiro banco cooperativo privado do Brasil. Para as cooperativas de crédito, o banco próprio representava finalmente a conquista da autonomia financeira almejada desde os primórdios do cooperativismo no país. A possibilidade de oferecer produtos e serviços bancários, sem perder o diferencial de ser cooperativa, foi o principal avanço obtido com a criação do Banco Cooperativo Sicredi.

Ademar Schardong é presidente executivo do Sicredi, onde exerce as funções de diretor-presidente do Banco Cooperativo Sicredi, presidente da Fundação Sicredi e diretor-presidente da Confederação Sicredi. Desde a constituição do Sicredi, esteve à frente de todos os passos decisivos na trajetória do Sistema.

Definindo-se como uma pessoa de hábitos simples e que leva uma vida tranquila, quando não está envolvido na tomada de decisões importantes no Sicredi, Schardong, que é formado em Direito, encontra tempo para cuidar da horta, do jardim, curtir a família, seus cachorros, helimodelos e a moto.

Fonte: Sicredi

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