Representantes de cooperativas de crédito de todo o país e especialistas do setor se reuniram nesta quinta-feira (3) no Seminário de Lideranças de Cooperativas de Crédito para Pessoa Jurídica. Durante a abertura do evento, que ocorreu na sede do Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob), em Brasília, o debate esteve centrado na importância da troca de experiências entre as cooperativas de crédito para facilitar a implementação de melhorias nos serviços e no atendimento aos pequenos negócios.
“Há quem acredite que só é possível aprender com os próprios erros. No entanto, nós podemos pular etapas e aprender com quem já enfrentou uma dificuldade. É pela troca de experiências e intercooperação que vamos avançar rapidamente e vencer os desafios do cooperativismo de crédito”, ressaltou Carlos Alberto dos Santos.
O diretor-presidente do Bancoob, Marco Aurélio Almada, destacou a importância e os avanços do setor. “O cooperativismo de crédito tem sido ágil e bastante objetivo na estratégia de atendimento às micro e pequenas empresas, até porque elas são fundamentais para o crescimento das cooperativas e do país”.
Representando o Banco Interamericano de Fomento (BID)/Fomin, Ismael Gílio afirmou que o sistema cooperativo é moderno e dinâmico, além de completo. “O sistema é banco, é fomento, oferece poupança, taxas competitivas, cartão de crédito. Não nos faltam instrumentos e instituições para promover os pequenos negócios”. Apesar disso, para o diretor-executivo do Banco Cooperativo Sicredi, Edson Nassar, “é preciso manter o foco para continuar oferecendo boas práticas no atendimento aos empreendimentos”.
O sistema cooperativo financeiro trabalha em duas frentes, segundo Luiz Edson Feltrim, do Banco Central. Funciona como instrumento importante para a concorrência no sistema financeiro nacional, além de contribuir para a inclusão financeira. “Aliás, essa é a diferença para o sistema financeiro nacional. As cooperativas estão preocupadas com o desenvolvimento social“, salientou.
Olhar diferenciado
Eriko Ishikawa, representante do Banco Mundial/IFC, defende um olhar diferenciado para o cooperativismo, que deve ser colocado em prática. É o que tem feito a instituição, que já investiu mais de US$ 9 bilhões nos últimos anos em projetos envolvendo o acesso ao crédito. “É preciso entender que um projeto com fim comercial pode sim ter um impacto social”, disse.
E muito além de buscar o desenvolvimento das cooperativas de crédito, segundo o superintendente das Organizações das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nobile, as instituições estão defendendo no Congresso Nacional projetos de lei que fomentam o setor como o PL 409/2011, que autoriza as cooperativas de crédito a receberem repasses dos Fundos Constitucionais de Financiamentos.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias em 04/04/2014