No Brasil, essa ideia já mobilizou mais de 7 milhões de cidadãos, e esse número só tende a crescer. Pelas 1.154 cooperativas de crédito do país, eles encontraram caminhos para conquistar sua independência financeira e realizar sonhos. Isto porque as cooperativas estão atentas, é claro, aos movimentos de mercado, mas principalmente à realidade e às necessidades dos seus associados. Trata-se de um atendimento, de fato, personalizado e direcionado à satisfação, à felicidade das pessoas.
Dessa maneira, o cooperativismo de crédito brasileiro tem se posicionado como um importante agente de inclusão financeira, a partir da democratização do crédito, chegando, inclusive, em localidades mais isoladas, onde outras entidades não direcionam investimentos para atuar. Em 564 municípios do país, por exemplo, elas são a única instituição financeira local e conseguem oferecer esse crédito a taxas menores do que as usualmente praticadas, orientando os seus associados em um processo de educação financeira para o melhor uso dos recursos.
Com todos esses diferenciais, as cooperativas de crédito geram, ainda, uma competição saudável no mercado financeiro. Assim, elas cumprem um duplo papel – promovem o desenvolvimento econômico, com a redução das desigualdades sociais, e asseguram o exercício da cidadania pela inclusão financeira. Sua eficiência no dia a dia, no atendimento aos seus associados, é resultado de um olhar constante para o profissionalismo da gestão e a modernização dos mecanismos de governança. Mas isso, sem perder a fidelidade aos valores e princípios cooperativistas, afinal, mesmo voltadas ao mercado financeiro, as cooperativas são – antes de tudo –, organizações formadas por pessoas.
Atualmente, o cooperativismo de crédito brasileiro responde por 2,5% do Sistema Financeiro Nacional (SFN), mas, vale ressaltar que, em algumas praças, essa participação já chega aos 10%. E a perspectiva é de um crescimento constante, principalmente no total de associados, conforme comportamento registrado nos últimos seis anos, refletido em indicadores divulgados oficialmente pelo Banco Central do Brasil (BCB). A intenção é, respeitando as particularidades e demandas da população brasileira, alcançar um patamar de desenvolvimento semelhante ao de outros países que são referência no segmento, como Alemanha e Canadá. Diferenças existem, é claro, mas a essência é a mesma e, justamente por isso, estamos unidos, neste mês de outubro, para comemorar as conquistas do setor, celebrando o Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito.
*Márcio Lopes de Freitas – presidente do Sistema OCB