Evento foi realizado pelo Sistema Ocepar e contou com a participação de representantes da universidade americana de Babson.
Brasília (24/6/16) – O Programa de Desenvolvimento de Presidentes, promovido pelo Sistema Ocepar em parceria com o Sebrae/PR, terminou hoje, em Curitiba. Os participantes avaliaram positivamente o evento, apontando como ponto-alto a aplicabilidade do conteúdo transmitido por representantes da universidade americana de Babson. O curso teve início na segunda-feira, dia 20/6, e contou com a participação do superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, e, também, diretores da Organização das Cooperativas Brasileiras.
Para o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, o nível de conhecimento e a didática dos representantes da Babson, foram imprescindíveis para o sucesso do curso. “Os dois professores americanos trouxeram tanto o conhecimento quanto sua aplicação prática. Não tenho dúvida de que todo o grupo está mais motivado e confiante em disseminar esse conjunto de informações com os demais cooperados”, avalia Nobile.
De acordo com ele, a experiência americana apresentada contribuirá sobremaneira com formação de lideranças e com processos que envolvem gestão, governança e sucessão. “Agora o desafio é transmitir esse conteúdo aos demais estados, estimulando e ampliando o alcance das melhorias sugeridas, com vistas ao desenvolvimento sustentável do cooperativismo brasileiro. Por fim, é preciso parabenizar a Ocepar pela iniciativa”, conclui Nobile.
Na quinta-feira (23/6), os dirigentes discutiram estratégias de governança e a sucessão da liderança cooperativista. O professor da Universidade de Babson, Matt Allen, abordou aspectos a serem observados para uma transição adequada na troca de comando de uma empresa cooperativa.
“Precisamos entender a sucessão como um processo, que deve ser trabalhado e preparado pelos líderes. É necessário responder as perguntas: Quando? Quem? Como? Ao contrário do ocorre na política, onde a sucessão é um evento (eleição), nas empresas ela (sucessão) é um processo que deve ser construído pelos gestores e líderes”, afirmou. Segundo o professor, existem três tipos “clássicos” de liderança quando o assunto é sucessão.
“Há o líder monarca, que só sai do comando quando morre ou não pode mais exercê-lo; o líder general, que sai do comando, mas continua querendo voltar, pois entende que ninguém é tão bom quanto ele, e, por fim, há o líder embaixador, que sai do comando de forma planejada, mas permanece ligado à empresa como uma espécie de diplomata, fazendo declarações externas como se ainda fizesse parte do empreendimento”, explicou. “Que tipo de líderes nós somos? É a pergunta que devemos fazer”, enfatizou.
GOVERNANÇA – Sobre governança, o professor ressaltou a importância de informar e monitorar a percepção de cooperados e colaboradores sobre os planos estratégicos da cooperativa. “As pessoas precisam compreender o planejamento da empresa ou cooperativa. Os líderes precisam estar atentos, “medindo a temperatura” da compreensão de seus liderados. Eles (colaboradores e cooperados) devem ser questionados sobre o que pensam e entendem sobre o plano estratégico de sua cooperativa. Se responderem que não faz sentido para eles, é um indicativo de que sua percepção difere do esperado pelos gestores e líderes”, afirmou. (Com informações do Sistema Ocepar)
Fonte: www.brasilcooperativo.coop.br