O Conselho Consultivo Nacional do Ramo Crédito (Ceco) esteve reunido na manhã de quarta-feira (10/5), em Brasília, em sua plenária anual ordinária. Na oportunidade, membros do Conselho e dirigentes do Banco Central do Brasil acompanharam a apresentação dos resultados obtidos em 2016, a agenda de ações propostas para 2017 e o início do trabalho de construção das diretrizes estratégicas do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC).
Coordenando a mesa de abertura, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, destacou que o trabalho do Ceco é fundamental para balizar as decisões estratégicas do ramo. Freitas abordou ainda a questão dos desafios constantemente superados pelo setor e os novos rumos que precisam ser tomados: “O futuro que queremos precisa ser construído, precisamos enxergar à frente. Os desafios são muito grandes, as mudanças previstas são positivas, mas os vetores de pressão continuam exercendo força intensa. Transparência e jogo limpo, aliados a ousadia, representam o cooperativismo de crédito brasileiro. E é dessa forma que pretendemos continuar atuando, pensando o Sistema de forma alinhada”.
O tom do discurso de Freitas permeou as falas dos demais componentes da mesa. Foi o caso do Diretor de Administração do Banco Central do Brasil, Luiz Edson Feltrim, que enfatizou: “O BC vê no cooperativismo uma importância muito grande, não só pela inclusão financeira, como também pelo estímulo à concorrência. E nesse sentido, a inovação tecnológica é um desafio para o setor. O caminho está na intercooperação.”
Na sequência, o presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), Deputado Domingos Sávio, acrescentou que o cooperativismo é, antes de tudo, uma filosofia de vida. E concluiu: “A acomodação é o caminho certo para o retrocesso. Essa provocação do Diretor Feltrim é muito saudável e salutar, e vem num momento fundamental para que nós, cooperativistas, pensemos e amadureçamos a qualidade e a competitividade do setor.”
Em seguida, o coordenador do Ceco, Leo Trombka, apresentou os resultados e conquistas do Conselho em 2016 e a agenda proposta para o próximo ano. E pontuou: “Alinhar os mais variados temas que envolvem o setor requer cautela e paciência, o processo precisa ser democrático. As condições econômicas e políticas do nosso país têm feito todos os setores passarem por momentos delicados, a exemplo do aumento da alíquota do IOF para as cooperativas. Mas, apesar desses revezes, o setor vem mantendo a força de crescimento, o que reflete a credibilidade das cooperativas junto a cooperados e suas comunidades.”
Dentro ainda da programação, o palestrante Gil Giardelli, professor de pós-graduação e MBA do Centro de Inovação e Criatividade na Escola Superior de Propaganda e Marketing e na Universidade de São Paulo, abordou com os conselheiros o tema “Inovação e tecnologia”. Giardelli instigou os pensamentos dos participantes a respeito das necessidades de se adaptar ao novo mundo, dando destaque para a importância da inovação como ferramenta essencial para essa adaptação. Ao final, parlamentares da Frencoop se juntaram ao grupo e seguiram para um almoço onde tiveram a oportunidade de debater os tópicos abordados.
Com base na agenda apresentada e aprovada pelo Conselho, a coordenação trabalhará na sequencia pela definição da estratégia que implementará as ações previstas. Dentre as prioridades, o setor destaca a necessidade de avançar na questão regulatória e no tema sucessão.
Fonte: Assessoria de Imprensa OCB