Em comunicado, autoridade monetária indica que juros continuarão caindo e que poderão chegar a 7,25% ao final deste ano, como já prevê o mercado financeiro.
Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (6) baixar os juros básicos da economia brasileira de 9,25% para 8,25% ao ano. Foi o oitavo corte seguido na taxa Selic.
Com a decisão, que confirmou a expectativa dos economistas do mercado financeiro, o BC manteve o ritmo de redução de um ponto percentual verificado na última reunião, realizada no fim de julho.
Em 8,25% ao ano, os juros recuam ao menor nível desde julho de 2013, ou seja, em pouco mais de quatro anos.
A previsão dos economistas das instituições financeiras é de que a taxa básica de juros continue a recuar nos próximos meses e chegue a 7,25% ao ano no final de 2017 – o menor patamar da história.
O que diz o BC
Em comunicado divulgado após a reunião do Copom, o Banco Central indicou que o processo de corte da taxa básica de juros da economia continuará no futuro.
O BC informou que, no cenário com trajetórias para as taxas de juros e câmbio estimadas pelo mercado, suas projeções para a a inflação recuaram para em torno de 3,3% para 2017 e elevaram-se para aproximadamente 4,4% para 2018.
“Esse cenário supõe trajetória de juros que encerra 2017 em 7,25%, cai para 7,0% no início de 2018 e eleva-se para 7,5% ao final do ano [que vem]”, acrescentou o Copom. Em julho, o Banco Central estimava que a trajetória de juros que poderia alcançar 8% ao ano no fim de 2017.
O Copom avaliou, porém, que pode reduzir o ritmo de corte dos juros no próximo encontro do Copom, marcado para 24 e 25 de outubro.
“Para a próxima reunião, caso o cenário básico evolua conforme esperado, e em razão do estágio do ciclo de flexibilização, o Comitê vê, neste momento, como adequada uma redução moderada na magnitude de flexibilização monetária [ritmo de corte dos juros]”, informou.
Acrescentou que o processo de redução dos juros “continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação”.
Fonte: G1