Pelo open banking, informações financeiras podem ser compartilhados com qualquer instituição em troca de serviços mais baratos.
O Banco Central informou, nesta quarta-feira, ter iniciado o processo para implementar o chamado open banking no Brasil. Esse modelo possibilita o acesso de terceiros a informações bancárias e permite até mesmo movimentar dinheiro em contas, desde que haja autorização do cliente.
Por essa tecnologia, instituições financeiras disponibilizam informações sobre seus clientes a outras empresas, quando há autorização expressa do correntista. Com o compartilhamento, o cliente pode ter acesso a uma ampla possibilidade de serviços, como gestão de contas bancárias, gastos e investimentos, e pagamentos por meio de débito em conta.
A Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs) defende que a regulamentação do open banking vai permitir uma série de melhorias nos serviços oferecidos aos usuários do sistema bancário.
O Banco Central informou que o modelo tem o objetivo de aumentar a eficiência e a competição no Sistema Financeiro Nacional e abrir espaço para a atuação de novas empresas do setor.
“Com o open banking, o Banco Central busca aumentar a eficiência no Sistema Financeiro Nacional, mediante a promoção de ambiente de negócio mais inclusivo e competitivo, preservando sua segurança e a proteção dos consumidores. Em linha com a recém aprovada Lei de Proteção de Dados Pessoais, o Open Banking parte do princípio de que os dados bancários pertencem aos clientes e não às instituições financeiras”, destacou a instituição, em nota.
Dessa forma, desde que autorizadas pelo correntista, as instituições financeiras compartilharão dados, produtos e serviços com outras instituições, por meio de abertura e integração de plataformas e infraestruturas de tecnologia, De acordo com o BC, isso será feito de “forma segura, ágil e conveniente”.
“Por meio do open banking, clientes bancários poderiam, por exemplo, visualizar em um único aplicativo o extrato consolidado de todas as suas contas bancárias e investimentos. Também será possível, por este mesmo aplicativo, realizar uma transferência de recursos ou realizar um pagamento, sem a necessidade de acessar diretamente o site ou aplicativo do banco”, explicou o BC.
Uma Comunicado da autarquia, publicado nesta quarta-feira, estabeleceu as principais diretrizes que irão orientar a proposta de regulamentação do modelo a ser adotado no Brasil.
Os requisitos estabelecidos pelo Banco Central indicam que deverão ser compartilhadas, inicialmente, produtos e serviços oferecidos pelas instituições participantes, dados cadastrais dos clientes, dados transacionais dos clientes (como contas de depósito e operações de crédito) e serviços de pagamento.
O Banco Central informou que irá submeter à consulta pública, no segundo semestre, minutas de atos normativos sobre o tema e seu cronograma de implementação. O prazo para o modelo entrar em vigor não foi divulgado.
Fonte: oglobo.com