Em 1902, um padre suíço chamado Theodor Amstad criou um tipo novo de empresa no interior do Rio Grande do Sul: uma cooperativa de crédito – a primeira do Brasil. Na época, ele mal poderia imaginar que 117 anos depois, esse modelo de negócios, baseado na cooperação entre as pessoas, seria considerado uma das ferramentas mais eficazes de transformação socioeconômica em todas as partes do país.
É por isso que o padre Theodor Amstad deve receber, com a validação do Congresso Nacional, o título de Patrono do Cooperativismo Brasileiro. No dia 27 de março, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou o PL 4.280/2012 que confere o título ao religioso visionário. O autor da proposição é o deputado Giovani Cherini (RS), integrante da Diretoria da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop).
O projeto de lei segue, agora, para aprovação do Senado Federal, mas lá, no Rio Grande do Sul, a importância da atuação do suíço em prol da disseminação da cultura cooperativista já foi reconhecida. Em 2003, por meio de uma lei estadual, o governo gaúcho concedeu ao padre o título de Patrono do Cooperativismo.
Primeira cooperativa brasileira
Theodor Amstad nasceu em 9 de novembro de 1851, em Beckenried, na Suíça. No ano de 1885 chegou ao Brasil e se dedicou a prestar assistência econômica, social e cultural aos colonos do Rio Grande do Sul, dando início ao movimento de fundação das associações de lavradores e cooperativas no estado.
O padre foi o responsável por constituir a em 1902 a primeira cooperativa de crédito brasileira no município de Nova Petrópolis/RS, batizada como Caixa de Economia e Empréstimos Amstad. A cooperativa continua em atividade, porém agora com o nome de Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados Pioneira da Serra Gaúcha, a Sicredi Pioneira/RS.
Fonte: Imprensa Sistema OCB com adaptação da MundoCoop