Palestras e muito networking marcaram o dia de abertura do 2º Fórum Integrativo Confebras

Palestras e muito networking marcaram o dia de abertura do 2º Fórum Integrativo Confebras, que teve a participação de dirigentes do BCB e do Fundo Garantidor do Cooperativismo (FGCoop) em Brasília e apresentação com o economista Ricardo Amorim.

O potencial de crescimento das cooperativas de crédito é alto para os próximos anos e deve se dar, especialmente, em cima das operações de crédito, apontou o chefe da Unidade do Departamento de Supervisão de Cooperativas e Instituições não Bancárias do Banco Central do Brasil (BCB), Harold Paquete Espínola Filho. Em palestra no 2º Fórum Integrativo Confebras, nesta quinta-feira, ele afirmou que as cooperativas são altamente capitalizadas, têm disponibilidade de caixa, mas nem sempre são a primeira opção dos cooperados que precisam pegar dinheiro emprestado.

Um levantamento feito pelo BCB mostra que o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) atende apenas 28% da demanda por crédito. Portanto, ainda há muito espaço para crescer. Frente à realidade do País, as perspectivas são boas: a carteira de crédito do setor tem tido um incremento tanto para pessoas físicas como jurídicas, conforme o Banco Central. É por esse motivo que o BCB aposta muito na chamada Agenda BC#, uma série de medidas lançadas pela instituição no primeiro semestre de 2019 para melhorar a saúde financeira do brasileiro e, por consequência, a economia do País. Em relação às cooperativas de crédito, os desafios são ousados: estimular políticas de governança e ampliar o conhecimento da sociedade em relação ao sistema para alcançar 20% das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional até 2022.

Para o diretor de Fiscalização do BCB, Paulo Sérgio Neves de Souza, o aumento da expressividade das cooperativas de crédito dentro do sistema financeiro é um caminho natural, especialmente diante de condições favoráveis. Foi o que aconteceu em 2003, quando elas receberam autorização para apostar na livre admissão de cooperados. E com taxas competitivas, há muitas oportunidades. “Os consumidores estão com parte de sua renda comprometida com o endividamento e só as cooperativas podem dar a elas uma oportunidade justa de saldar suas dívidas”, afirmou.

PERSPECTIVAS

O economista Ricardo Amorim pautou sua exposição na mesma linha. Ao abrir as palestras na manhã, ele comentou que a presença do cooperativismo vai ser cada vez mais crescente no cenário financeiro nacional, principalmente porque a economia tem boas perspectivas de aceleração nos próximos anos. Com isso, haverá mais busca de serviços financeiros como um todo e, em consequência, mais crédito. “E esse posicionamento não virá do sistema bancário tradicional”, diz. Segundo Amorim, diversos são os sinais que apontam para essa boa expectativa da economia: a recém saída da mais profunda crise econômica que o País já teve, a vigência da MP da Liberdade Econômica, a previsão da aprovação da Reforma da Previdência e a história econômica do País em relação a esses períodos de crise: há 120 anos, o Brasil repete o mesmo comportamento de atingir um boom logo depois de uma recessão. Esses rumos, no entanto, vão depender do desempenho da economia global e também da relação comercial do Brasil com os países do Mercosul e da União Europeia, acredita o economista.

“Este é um evento compacto, destinado a promover mais troca entre as lideranças, tratar de governança, do papel das mulheres, da nova legislação de proteção de dados e dos desafios para sustentar o crescimento constante do setor”, anunciou o presidente da Confebras, Kedson Macedo, na abertura do evento. Ainda participaram da solenidade o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas e o presidente do Sistema OCDF- Sescoop/DF, Remy Gorga Neto. Cerca de 260 lideranças acompanham as palestras e debates até amanhã, dia 11. Confira a programação: http://www.confebras.coop.br/fic

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