Ao escolher uma cooperativa de crédito, você pode ter mais voz e pagar taxas menores.
Conta corrente, poupança, cartão de crédito, crédito pessoal, financiamento, consórcio, plano de previdência, investimentos e Pix. Esses serviços não são exclusividade dos bancos comerciais, você pode encontrar todos eles em cooperativas como o Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob).
A diferença entre uma cooperativa e um banco comercial, todavia, é que apenas nas cooperativas os próprios clientes definem o que deve ser feito com os lucros. Nos bancos comerciais, o lucro é destinado aos banqueiros e os acionistas.
“O associado é chamado a dar sua opinião e dar seu voto sobre qual é o tratamento que é dado ao resultado. Por exemplo: a lei exige um valor mínimo para o fundo de reserva. O associado pode dizer que quer destinar mais um pouco; para o fundo educacional e social, mais um pouco. E ele decide ali como é rateada a sobra, o que leva em conta para ratear o resultado? Juros pagos, depósitos, tarifas, taxa de administração, anuidade de cartões, ele que define”, diz Ênio Meinen, diretor do Sicoob.
Meinen destaca que como os cooperados são ao mesmo tempo clientes e proprietários do Sicoob, é preciso ter “postura de dono” e tomar decisões conscientes ao escolher administradores e conselheiros.
“Não adianta ficar como dono só no papel. Porque a cooperativa que usualmente, 99,9% das vezes, dá resultado positivo. Ocasionalmente pode, também, dar resultado adverso”, diz o diretor do Sicoob.
Além de uma possibilidade de participação que não existe nos bancos comerciais, as cooperativas têm outra vantagem: taxas menores. Levantamento do MyNews com base em dados do Banco Central mostram que os clientes de cooperativas gastam, na comparação com os bancos tradicionais, menos em diversos serviços. Em taxas de crédito pessoal, a economia é de 50%, a taxa de juros no cartão de crédito é quase 55% menor e a taxa de financiamento de carros é cerca de 15% menor nas cooperativas.
“A cooperativa não tem essa preocupação de entregar resultado para terceiro. De pegar do cliente e deslocar para o investidor, por que não tem? Porque o investidor e o cliente, no caso da cooperativa, são a mesma pessoa”, afirma Meinen.
Fonte: canalmynews.com.br