Sicredi se destaca na implementação de novas tecnologias do mercado financeiro

Instituição financeira cooperativa desenvolve trabalho para atender as necessidades dos associados com novas soluções.

Os últimos meses foram alguns dos mais transformadores na tecnologia do setor financeiro com a regulamentação de modelos como o Pix e o Open Banking pelo Banco Central.

As novidades trouxeram mais facilidade para clientes de bancos e também para associados de cooperativas de créditos, que, com filosofia de proximidade com o usuário e democratização dos serviços, saíram na frente na integração desses sistemas.

O Sicredi, instituição financeira cooperativa em atividade desde 1902, iniciou ainda em 2014 um movimento de adoção de metodologias ágeis em seus processos e, em 2017, começou a realizar sua transformação digital. Além da atualização dos sistemas que processam os produtos e serviços, as iniciativas, entre outros fatores, buscaram facilitar a implementação de soluções que atendam as necessidades dos seus mais de cinco milhões de associados em todo Brasil.

Agilidade para transações

De acordo com o diretor de Tecnologia da Informação do Sicredi, Volmar Machado, o processo iniciado há alguns anos tem potencializado a conexão com novas tecnologias: “Hoje, o Pix é uma transação que opera 24 horas por dia, 7 dias por semana e se utiliza de estrutura tecnológica moderna desenvolvida de forma integrada com os sistemas legados, bem como, com a plataforma digital”, contextualiza, reforçando que o Sicredi disponibiliza outras diversas alternativas em meios de pagamento eletrônicos e atendimento. “Fomos um dos primeiros players a oferecer a opção pagamento pelo WhatsApp, sendo que hoje temos um dos aplicativos mais bem avaliados nas principais lojas.”

As transações por Pix no Sicredi já ultrapassam o número de TEDs e DOCs. Foram quase 180 milhões de operações até agosto deste ano, movimentadas pelas mais de 3 milhões de chaves cadastradas. Uma delas é a do agricultor Orlando Morschel, produtor de morangos de Nova Petrópolis, no Rio Grande do Sul, que contou com o auxílio da instituição para integrar ao seu negócio a nova forma de pagamento.

Pix na palma das mãos

Associado do Sicredi há 25 anos, Orlando foi atendido na agência e orientado sobre as formas de utilização do Pix em suas vendas na rua. Os colaboradores também produziram um banner com QR Code direcionado para sua chave do Pix para facilitar o pagamento dos clientes no dia a dia.

“Isso aumentou as minhas vendas. Tem pessoas que, se pagam pelo Pix, conseguem comprar até duas embalagens, se fosse só com dinheiro em espécie ele não conseguiria comprar ou compraria em menor quantidade”, explica Orlando. “Agora eu recebo na minha conta e já consigo pagar minhas contas pelo aplicativo”.

O aplicativo e o site do Sicredi concentram 85% das transações, o que não mudou o investimento da instituição em agências físicas: são mais de 2 mil pelo país, que também funcionam como espaço de consultoria e networking, com lounges e salas de reunião, estimulando o relacionamento entre associados e colaboradores.

“O gerente da minha conta é um amigo, é um parceiro. Eu me sinto em casa”, conta Orlando.

Crédito facilitado e informação

Os canais digitais também possibilitam a conexão com empresas de crédito e tecnologia para produção e comércio. No município de Catuípe, no Rio Grande do Sul, o produtor de uva e soja Luciano Lorenzoni contou com apoio do Sicredi para contratação de uma start-up que combina dados de pesquisas, informações climatológicas e genética de cultivares para apresentar soluções para sua produção.

O serviço diminui os impactos de mudanças climáticas sobre a safra, ainda que ele seja inevitável. Nesses casos, Luciano conta que também recorre à instituição: “A gente recorre ao crédito de custeio, que dá um respaldo na hora de algum fenômeno da natureza, como granizo, seca prolongada ou a própria geada.”

Transformação com Open Banking

A tendência é que a oferta de crédito e outros produtos financeiros seja ainda mais facilitada com a chegada do Open Banking. O modelo, que funciona por meio de compartilhamento autorizado de dados pelo usuário, possibilita muito mais facilidade para, por exemplo, receber uma proposta de crédito de uma instituição financeira com a qual o consumidor ainda não se relaciona.

Para o diretor de TI do Sicredi, o Open Banking se aproxima muito da cultura do cooperativismo de crédito: “Começar a jornada na instituição das pessoas e terminar em outra instituição, tudo por interfaces de programação, gera uma competitividade saudável porque elas podem encontrar as melhores ofertas e também diminui o fator de concentração bancária que hoje é muito forte.”

Fonte: g1.globo.com

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