Em junho passado a ONU adotou e publicou a Resolução 78/289 declarando 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas. Justifica tal medida enfatizando o “papel vital das cooperativas na promoção de um desenvolvimento econômico e social inclusivo e sustentável, conforme os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030″.
Naturalmente, a Aliança Cooperativa Internacional (ACI), órgão de cúpula desse extraordinário movimento socioeconômico que filia cerca de 1,2 bilhão de cooperados em todos os continentes (que com seus familiares e agregados somam mais da metade da população do planeta) e que é uma instituição consultiva da própria ONU, orientou suas filiadas, as organizações nacionais de cooperativismo, a promoverem em seus países a conscientização sobre a contribuição das cooperativas ao desenvolvimento harmonioso das comunidades ao redor do mundo.
A OCB, que é a principal instituição brasileira filiada à ACI (desde 1989), montou um vigoroso programa para cumprir esse compromisso, entendendo que a oportunidade aberta pela ONU é super-relevante no atual momento histórico, que se caracteriza pela falta de lideranças que definam rumos para o crescimento democrático das nações.
A agenda da OCB tem como objetivos: promover e fortalecer a imagem do cooperativismo, ampliar o reconhecimento das cooperativas como atores-chave na construção de uma economia inclusiva, estimular a adesão e o engajamento da sociedade e do Poder Público ao movimento e deixar um legado cultural e institucional ao cooperativismo com práticas que ultrapassem 2025.
Será uma ação coordenada em que cada uma das cooperativas em todo o território nacional envidará esforços de comunicação e engajamento, considerando em especial o sétimo princípio do cooperativismo criado no Congresso da ACI realizado em Manchester, por ocasião do seu centenário, em 1995: “As cooperativas têm de se preocupar com o desenvolvimento das comunidades em que estão inseridas, e não apenas com seus cooperados”.
Salve o atuante e moderno cooperativismo brasileiro!
Por Roberto Rodrigues
Fonte: Estadão