Sistema Ailos esclarece sobre Renda Fixa e Renda Variável: Uma jornada que o brasileiro está aprendendo a trilhar
Na jornada dos investimentos, temos diferentes rotas para seguir. De um lado a renda fixa que são planas, previsíveis e seguras — como uma estrada pavimentada, onde cada passo é calculado. Outras são mais sinuosas, como a renda variável: cheias de curvas, vistas surpreendentes, cheias de emoção, com o potencial de riscos e ganhos maiores. Qual caminho combina mais com você?
Assim são as escolhas entre renda fixa e renda variável: dois caminhos que podem te levar a realizar sonhos e realizar projetos de vida especialmente em momentos de incerteza financeira. Hoje, com a alta da taxa Selic, a renda fixa voltou a ganhar destaque, mas a renda variável também chama atenção de quem busca multiplicar o patrimônio a longo prazo.
O porto seguro da renda fixa
Há quem prefira dormir tranquilo sabendo exatamente o que o amanhã trará. Se você é desse time, a renda fixa é como o abraço seguro de um velho amigo. Funciona assim: você empresta seu dinheiro ao governo, a uma cooperativa ou banco, e recebe uma recompensa previamente acordada. É previsível, estável e livre de grandes sustos pois você fixa no começo as regras do investimento. Exemplos clássicos são o Tesouro Direto, os RDCs nas cooperativas, os CDBs dos bancos e as LCIs de crédito imobiliário.
Mas por que os brasileiros preferem tanto a renda fixa? Além da memória coletiva de hiperinflação e instabilidade econômica, há um fator estrutural: os juros historicamente altos como estamos vivendo agora. Enquanto países desenvolvidos convivem com taxas anuais entre 0% e 5%, o Brasil passou a maior parte das últimas décadas com juros superiores a 10% ao ano. Esse cenário torna possível obter retornos de 10% a 15% ao ano com baixíssimo risco — o que naturalmente reduz o apetite por investimentos mais voláteis. Além disso, os juros altos encarecem o crédito para empresas, desacelerando seu crescimento e, por consequência, impactando a renda variável. Não é à toa que, além dos produtos já citados, a poupança ainda tem forte adesão: todos simbolizam a proteção que o investidor brasileiro aprendeu a valorizar.
A montanha-russa da renda variável
Por outro lado, quem vê o risco como parte do jogo encontra na renda variável um universo de possibilidades. Ações, fundos imobiliários, ETFs e até criptomoedas fazem parte desse cenário. Aqui, os retornos não são garantidos — e podem oscilar bastante. Um dia, seu investimento podem subir 20%; no outro, despencar como uma folha ao vento. Mas é justamente essa imprevisibilidade que atrai investidores mais arrojados e resilientes. Com conhecimento, planejamento e diversificação, é possível aproveitar os altos e baixos do mercado para conquistar resultados expressivos ao longo do tempo.
Equilíbrio é a chave
Em vez de escolher apenas um caminho, o ideal é construir uma estratégia equilibrada, que respeite seu perfil e objetivos. Mais do que escolher entre segurança ou ousadia, investir com inteligência é saber equilibrar risco e rentabilidade de acordo com seu momento de vida, seus objetivos e seu perfil pessoal. Antes de tudo, construa sua reserva de emergência — o equivalente a 6 a 12 meses do seu custo de vida — em produtos de renda fixa com alta liquidez e baixo risco. Essa reserva é como o alicerce da sua tranquilidade, garantindo estabilidade diante de imprevistos.
Nossa cultura e o futuro
A cautela dos brasileiros tem raízes muito profundas, o que reforçou a preferência por investimentos mais seguros e naturalmente com menor volatilidade (oscilações). No entanto, as novas gerações estão mais dispostas a correr riscos, impulsionadas pelo acesso à informação e pelo desejo de alcançar a independência financeira. Hoje, talvez o maior risco não esteja em tentar, mas em deixar o dinheiro parado. Diversificar e começar a investir — mesmo que aos poucos — são passos essenciais para transformar sonhos em planos e planos em realidade. O futuro não se constrói apenas com segurança, mas com estratégia, equilíbrio, coragem e ação.
Sobre o Sistema Ailos
Constituído em 2002, o Sistema Ailos conta com mais de 1,6 milhão de cooperados, 13 cooperativas singulares de crédito, uma central e uma corretora de seguros. São mais de R$ 25 bilhões em ativos e 322 postos de atendimento em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, contribuindo e promovendo o crescimento sustentável e desenvolvimento social das comunidades por meio de suas filiadas: Acentra, Acredicoop, Civia, Credcrea, Credelesc, Credicomin, Credifoz, Crevisc, Evolua, Transpocred, Únilos, Viacredi e Viacredi Alto Vale. Mais informações em www.ailos.coop.br.
Diogo Angioleti, especialista em finanças e comportamento do Sistema Ailos