O cooperativismo de crédito no Brasil destaca-se entre os diversos ramos do cooperativismo, além de constar entre os 20 países com maior expressão no Cooperativismo de Crédito.
No Brasil o cooperativismo de crédito iniciou em Nova Petrópolis/RS, no ano de 1902 por iniciativa do Padre Suíço Theodor Amstad. Foi em conjunto com outras 19 pessoas que ele fundou a 1ª Cooperativa de Crédito da América Latina.
Logo nos primeiros anos as cooperativas de crédito espalharam-se pelo Rio Grande do Sul e pelo Brasil. Além das 25 cooperativas de crédito fundadas por Amstad outras foram fundadas e transformaram a realidade de muitos municípios.
Em 1964 por ocasião do Regime Militar e de uma legislação mais restritiva, as cooperativas de crédito do Brasil enfrentaram duras restrições. O crescimento sustentado só foi retomado apenas após importantes conquistas por ocasião da Constituição Federal de 1988, que reconheceu a importância das cooperativas de crédito.
Rede de Atendimento das Cooperativas de Crédito no Brasil
Atualmente a rede de atendimento das cooperativas de crédito no Brasil representa mais de 20% das agências bancárias do país. No volume de depósitos, as cooperativas de crédito ultrapassam 7% do total do sistema financeiro nacional.
Somadas, as cooperativas de crédito ocupam a 6ª posição no ranking do volume de ativos, depósitos e empréstimos, estando portanto entre as maiores instituições financeiras de varejo do país.
Tais números demonstram o grande desafio a ser superado pelas cooperativas de crédito brasileiras. Apesar de constar entre os 20 países com maior volume de ativos de instituições financeiras cooperativas no mundo, as cooperativas de crédito ainda possuem um mercado potencial muito grande para crescimento.
O Brasil possui pouco mais de de 700 Cooperativas de Crédito, alicerçado basicamente em 5 sistemas de crédito, sejam eles, SICOOB, SICREDI, UNICRED, e AILOS, CRESOL.
Li no jornal “O ESTADO DE SÃO PAULO” há poucos dias que 72% da poupança financeira do país está concentrada nos 4 maiores bancos e que o governo está pensando em atrair instituições financeiras estrangeiras para o país no intuito de aumentar a concorrência com o objetivo de redução dos juros nas operações de crédito. Nessa hora eu comecei a pensar: Por que é tão pequena a participação do COOPERATIVISMO DE CRÉDITO (cerca de 3%) no sistema financeiro nacional,enquanto na Holanda, na França, no Canadá e em outros países essa participação chega a 50% ou mais. Antigamente, as cooperativas tinham de estar associadas a uma corporação, mas agora existem as cooperativas de LIVRE ADMISSÃO de ASSOCIADOS onde qualquer cidadão pode participar… Devido à facilidades como a existência de ATOS COOPERATIVOS, as taxas cobradas das operações financeiras internas da instituição são substancialmente menores, permitindo transferir essa vantagem para os cooperados nas operações bancárias e tornar os balanços mais lucrativos. A única ressalva, e para isso contamos com a fiscalização dos inspetores do BCB, é evitar a ocorrência de fraudes e irregularidades que podem afetar negativamente os resultados da cooperativa!
AS informações aquí constantes são de muita valia para minha pesquisa, que antecipa o lançamento de um movimento de valorização do empreendedorismo brasileiro, que elaboramos de modo a mobilizar empreendedores de todo o Brasil, com o objetivo de capacitá-los de modo muito inovador, e ajudá-los a superar os presentes desafios. Um dos pilares será a INTERDEPENDÊNCIA FINANCEIRA, no qual o sistema de cooperativas de crédito poderá ser muito útil no compartilhar deste processo, ampliando exponencialmente sua base de correntistas associados e fortalecendo-se mutuamente;
Prezado Marcio,
Parabéns pelo site novo, são muitas informações ricas e producentes em ótima apresentação.
Gostaria de sugerir a formatação e divulgação de tabelas evolutivas do cooperativismo de crédito local nos últimos 5/10 anos. Não localizei informações comparativas de prazos maiores, uma visão desse tipo poderia incorporar ganho, para o entendimento do desenvolvimento do segmento. Grande abraço. Ricardo Favalli