O Japão ocupa uma posição de destaque no cenário mundial do cooperativismo financeiro. O país abriga um dos sistemas cooperativos de crédito mais sólidos e diversificados do mundo, sendo representado por instituições como o JA Banking System, o Shinkin Central Bank, as Shinkumi Banks e os Labour Banks. Neste artigo, você confere um panorama atualizado com base em dados de 2024, incluindo valores em ienes e em dólares americanos para facilitar a compreensão.
JA Banking System e o Norinchukin Bank
O JA Banking System integra o JA Group (Japan Agriculture Cooperative Group), responsável por oferecer cinco serviços fundamentais aos seus 10 milhões de membros: finanças, seguros, bem-estar, comercialização e orientação agrícola. A estrutura do grupo é composta por três níveis: local, regional e federal.
No topo está o The Norinchukin Bank, banco central cooperativo que atende os setores agrícola, florestal e pesqueiro. Criado em 1923, ele impulsionou a modernização do campo japonês e segue com presença global — incluindo sedes em Nova Iorque, Londres e Cingapura. O nome “Norinchukin” resulta da combinação das palavras japonesas: no (agricultura), rin (florestal), chu (cooperativa) e kin (banco).
Segundo a Associação Europeia de Bancos Cooperativos (EACB), o JA Bank gerencia cerca de ¥23 trilhões (aproximadamente US$ 158 bilhões) em depósitos e ¥16 trilhões (cerca de US$ 110 bilhões) em empréstimos. Esses números posicionam o sistema como um dos maiores do planeta em volume e impacto.
Shinkin Central Bank e os Bancos Shinkin
O Shinkin Central Bank (SCB) atua como o banco central dos Shinkin Banks, cooperativas financeiras que operam regionalmente, atendendo pessoas físicas e pequenas e médias empresas. De forma estratégica, essas instituições não aceitam empresas com mais de 300 funcionários, o que reforça seu caráter comunitário.
Atualmente, existem 254 bancos Shinkin, organizados sob a Associação Nacional dos Bancos Shinkin (Zenshinkyo). Juntos, eles concentram cerca de ¥161,1 trilhões (em torno de US$ 1,11 trilhão) em depósitos. O SCB ocupa a 85ª posição entre os maiores bancos do mundo, refletindo a força do modelo cooperativo japonês.
Shinkumi Banks (信用組合)
As Shinkumi Banks (信用組合) são cooperativas de crédito voltadas a comunidades, setores produtivos ou ambientes de trabalho específicos. Elas operam com forte vínculo entre os membros, seguindo o princípio da ajuda mútua e da reinversão local dos recursos.
Em 2024, havia 143 cooperativas Shinkumi ativas, com 1.548 agências distribuídas pelo país. Essas cooperativas se organizam em três categorias: 101 regionais, 27 setoriais/industriais e 15 por local de trabalho. Em termos financeiros, somavam ¥23,7 trilhões (cerca de US$ 163 bilhões) em depósitos e ¥14 trilhões (em torno de US$ 97 bilhões) em crédito.
Labour Banks (Rōkin)
Os Labour Banks (労働金庫) são instituições cooperativas vinculadas a sindicatos, federações e associações de trabalhadores. Criados para oferecer soluções financeiras a trabalhadores e suas famílias, os Rōkin se destacam por sua atuação ética e por não objetivarem lucro.
Atualmente, existem 13 Labour Banks no Japão, que prestam serviços a mais de 11 milhões de pessoas. Coletivamente, administram ¥23,08 trilhões (aproximadamente US$ 159 bilhões) em depósitos e ¥15,57 trilhões (cerca de US$ 107 bilhões) em empréstimos, por meio de 596 agências.
Desafios e Estratégias Recentes
Apesar de sua solidez, o sistema cooperativo japonês enfrenta desafios significativos. O primeiro deles foi o fim da política de juros negativos em março de 2024, que pressionou as margens operacionais das instituições financeiras. Além disso, a crescente presença de fintechs trouxe nova concorrência, exigindo inovação tecnológica e digitalização acelerada.
Outro ponto de atenção é o envelhecimento da população e a consequente redução da base de associados, sobretudo em regiões rurais. Como resposta, as cooperativas têm apostado em fusões estratégicas, reformas administrativas e investimentos em canais digitais. Também estão promovendo ações para atrair jovens profissionais e reforçar a sua imagem institucional.
Protagonismo Cooperativo
O país abriga aproximadamente 32 mil cooperativas (agrícolas, de crédito, de consumo, de trabalho e pesca), consolidando-se como um dos maiores e mais organizados sistemas cooperativos do mundo. Esse modelo, ao colocar as pessoas no centro da gestão e dos resultados, segue fortalecendo a coesão econômica e social em tempos de mudança.
O cooperativismo de crédito japonês continua sendo uma referência mundial. Com estruturas robustas, presença nacional e impacto local, essas instituições promovem inclusão financeira, fortalecem comunidades e demonstram que, mesmo em um ambiente desafiador, é possível crescer de forma sustentável, democrática e inovadora. O exemplo do Japão inspira o fortalecimento de modelos semelhantes no Brasil e em todo o mundo.
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