Na China, aproximadamente 10% dos depósitos do mercado financeiro são administrados por cooperativas financeiras. Seus números indicam a 2ª posição no ranking mundial, quando analisados os ativos financeiros administrados por instituições cooperativas, e a 1ª colocação no quesito quantidade de associados.
Estima-se que na China 200 milhões de famílias sejam associadas das instituições financeiras cooperativas. Durante mais de 50 anos, o sistema tem sido a principal fonte de serviços financeiros básicos para a população rural pobre no país. As cooperativas de crédito rural detêm 10% da totalidade dos depósitos bancários e representam mais de 90% dos empréstimos agrícolas.
Segundo o relatório anual da China Banking Regulatory Comission havia, em 2012, 147 Rural Cooperative Banks e 1.927 Rural Credit Cooperatives (RCCs).
Embora as RCCs geralmente sejam estereotipadas como não-rentáveis e arriscadas, várias delas, a maioria em regiões ricas, são altamente eficazes nos empréstimos. Nos anos de 2004/2005, havia na China 32.000 cooperativas RCC e, após um trabalho coordenado pelo Woccu, buscou-se a sua viabilidade e profissionalização, resultando em uma grande redução da quantidade de cooperativas, acompanhada de um grande aumento nos volumes de recursos administrados. Em 2006, havia ainda 19.348 cooperativas; em 2007, 8.348, e em 2012 o número já havia caído para 1.927. Nesse mesmo período o governo chinês impôs novas regras para o setor, buscando a profissionalização e a viabilidade financeira das RCCs.
O problema predominante nessas cooperativas era o alto índice de inadimplência ocasionado pela interferência estatal na liberação de recursos. Até poucos anos, as RCCs não tinham ingerência total sobre os créditos liberados, pois o governo local/municipal intercedia fortemente dizendo a quem deviam ser liberados os créditos. Em 2001, o índice de inadimplência chegou a 44%, com 53% das RCCs com patrimônio líquido negativo.
Nos últimos anos, o crescimento das instituições financeiras cooperativas chinesas tem sido na ordem de 15% ao ano, o que é bem acima do observado em países europeus, por exemplo.