O cooperativismo, como instrumento de desenvolvimento econômico, consolidou-se como uma alternativa moderna, eficaz e socialmente responsável para enfrentar os desafios do mundo atual. Ao unir pessoas em torno de objetivos comuns, ele fortalece comunidades, amplia a inclusão social e gera prosperidade de forma sustentável.
Além disso, o cooperativismo não se limita a resultados financeiros: ele também transforma a realidade social ao valorizar o trabalho coletivo e incentivar a participação ativa dos associados. Dessa forma, o movimento constrói um modelo econômico mais justo e resiliente, adaptável às mudanças do mercado sem abrir mão de seus valores essenciais.
Pessoas no centro e capital como meio
No modelo cooperativo, as pessoas ficam no centro das decisões; por sua vez, o capital atua apenas como meio para viabilizar operações e projetos. Assim, independentemente de origem, gênero, cor ou crença, cada associado possui voz e voto na condução da cooperativa.
Os ganhos do trabalho coletivo pertencem a todos e são distribuídos de forma proporcional à participação nas operações. Em contrapartida, empresas tradicionais costumam concentrar lucros em poucos proprietários. Portanto, o cooperativismo prioriza necessidades econômicas e sociais dos membros, com justiça, equidade e solidariedade.
Quer entender a base desse modelo? Veja o que é uma cooperativa de crédito.
Compromisso com o bem comum e a sustentabilidade
Graças à sua origem comunitária, as cooperativas atuam naturalmente para fazer o bem nos territórios onde estão presentes. Desse modo, direcionam esforços para desenvolver as potencialidades econômicas locais, respeitando a cultura e os recursos naturais.
Além disso, o compromisso ambiental é estrutural. Por meio de práticas de ecoeficiência — como uso racional de insumos, educação ambiental e investimento em energia limpa —, as cooperativas conciliam crescimento e preservação. Assim, fortalecem a economia e, simultaneamente, protegem o futuro das próximas gerações.
Outro ponto relevante: as cooperativas lideram ações sociais e culturais. Frequentemente, organizam campanhas solidárias, projetos educacionais, programas de saúde, eventos esportivos e iniciativas de preservação. Em muitos casos, o apoio vai além de doações, envolvendo mobilização ativa de associados, dirigentes e colaboradores.
Impacto econômico e social nas comunidades
As cooperativas geram empregos, fortalecem cadeias produtivas e viabilizam micro e pequenos empreendimentos em diferentes setores — do agronegócio à indústria, passando por serviços e finanças. Como resultado, ampliam o dinamismo econômico local e criam oportunidades concretas para famílias e negócios.
- Distribuição regional da renda: os ganhos dos associados retornam à própria comunidade.
- Efeito multiplicador: a circulação de recursos no município estimula novos negócios e empregos.
- Fortalecimento do comércio local: renda gerada, renda reinvestida e prosperidade compartilhada.
Por outro lado, modelos convencionais centrados exclusivamente no capital tendem a concentrar riqueza e ampliar desigualdades. Portanto, o cooperativismo segue caminho oposto: democratiza o acesso a oportunidades, reduz barreiras e fortalece o tecido social.
Geração de riqueza que permanece na comunidade
As cooperativas praticam preços justos na compra e venda de produtos e serviços. Além disso, ao final do exercício, distribuem sobras proporcionalmente à participação dos associados. Dessa forma, a riqueza permanece no território e alimenta um ciclo virtuoso de desenvolvimento econômico.
Em contrapartida, quando empresas privadas concentram lucros, é comum a transferência de recursos para outras regiões; logo, o impacto positivo local diminui. No cooperativismo, acontece o inverso: a renda permanece e se multiplica onde foi gerada.
Inclusão social e protagonismo econômico
No cooperativismo, inclusão social significa participação real na economia. Em outras palavras, todos podem contribuir como produtores, prestadores de serviços ou consumidores — e, sobretudo, podem decidir os rumos da organização.
Historicamente, cooperativas surgem e se fortalecem em períodos de crise. Ainda assim, oferecem alternativas seguras para manter empregos, distribuir renda e melhorar condições de vida. Consequentemente, os associados exercem protagonismo econômico, participando da gestão e das decisões estratégicas, o que aumenta engajamento e senso de pertencimento.
Um movimento global que inspira mudanças
Hoje, mais de 1 bilhão de pessoas fazem parte de cooperativas no mundo. Portanto, o movimento prova que é possível conciliar resultados econômicos com responsabilidade social e ambiental.
Além disso, empresas tradicionais têm adotado práticas inspiradas no cooperativismo — como relacionamento próximo, transparência e soluções acessíveis. Assim, o modelo cooperativo não apenas resiste às transformações do mercado: ele inspira negócios mais éticos e sustentáveis.
Por que o cooperativismo impulsiona o desenvolvimento econômico?
- Sustentabilidade: decisões orientadas ao longo prazo e ao equilíbrio ambiental.
- Democracia econômica: um associado, um voto e governança transparente.
- Preços justos: compras e vendas com foco no benefício coletivo.
- Sobras distribuídas: retorno proporcional que dinamiza a economia local.
- Inclusão social: participação efetiva de pessoas e pequenos negócios.
Perguntas frequentes
Como as cooperativas distribuem resultados?
Ao final do exercício, a assembleia pode deliberar a distribuição de sobras de acordo com a participação de cada associado nas operações. Portanto, o retorno é proporcional e transparente, o que reforça justiça econômica e mantém a riqueza na comunidade.
Cooperativismo é filantropia?
Não. Embora realize ações sociais, o cooperativismo é um modelo econômico, com regras de governança, participação democrática e retorno de resultados. Assim, cria valor econômico e social de forma estruturada e perene.
Qual é o papel das cooperativas de crédito?
As cooperativas de crédito ampliam a inclusão financeira com carteira completa de serviços, taxas justas e atendimento próximo. Além disso, financiam atividades produtivas, fortalecem pequenos negócios e, consequentemente, dinamizam a economia local.
Parte do conteúdo foi inspirada no Jornal Cooperativista do Sicoob Amazônia (Edição 71), autoria de José Odelso Schneider.