O cooperativismo revela-se como uma alternativa cada vez mais interessante para aqueles que buscam oportunidades diferenciadas em operações no mercado financeiro, a partir de aspectos que favorecem pessoas, em sua maioria de mesma categoria profissional, unidas em torno de objetivos comuns. Além de promover o crescimento econômico, as cooperativas de crédito, devidamente regulamentadas, com base em seus princípios e valores universais, contribuem significativamente para o desenvolvimento social.
Em vista do monopólio exercido pelas grandes instituições financeiras, poucas vezes as pessoas param para refletir sobre as diferenças entre uma cooperativa e um banco. Sendo a cooperativa propriedade de seu associado, uma vez que os mesmos produtos são encontrados em ambas as instituições, operar através da instituição da qual somos donos pode-se, muitas vezes, mostra-se um excelente negócio.
Dentre as principais diferenças entre os bancos e as cooperativas de crédito, sobre a última, não há incidência de tributação sobre o resultado (IR, e CSSL – Contribuição Social), em face da tributação se dar na pessoa física do associado. Além disso, as relações obrigacionais entre sócio e cooperativas não se confundem com a de fornecedor e consumidor, pois estas são caracterizadas como atos cooperativos, com tratamento próprio na legislação cooperativista.
Um dos principais fatores de crescimento de nossa economia está no aquecimento do consumo interno, por meio da ampliação de linhas de crédito. Entre as várias oportunidades disponíveis no mercado, o cooperativismo de crédito, cada vez mais, se diferencia, cresce e se consolida como uma ótima opção.
Por Lizianne Koch – Advogada
Fonte: Jornal do Comércio
A alternativa é muito mais ampla, nem socialista, tão pouco capitalista, mas com certeza cooperativista.
PRINCÍPIOS(OCB)
Os princípios cooperativistas são as linhas orientadoras através das quais as cooperativas levam os seus valores à prática. Os princípios são:
1 – Adesão voluntária e livre – Cooperativas são organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas aptas a utilizar seus serviços e dispostas a assumir as responsabilidades como membros, sem discriminações de sexo, condição social, raça, política e religião.
2 – Gestão democrática – As cooperativas são organizações democráticas, controladas pelos seus membros, que participam ativamente na formulação das suas políticas e na tomada de decisões. Os homens e as mulheres, eleitos como representantes dos demais membros, são responsáveis perante estes. Nas cooperativas de primeiro grau ou singulares, os membros têm igual direito de voto (um membro, um voto); as cooperativas de outros graus (Centrais, Federações e Confederações) também são organizadas de maneira democrática.
3 – Participação econômica dos membros – Os membros contribuem eqüitativamente para o capital da sua cooperativa e controlam-no democraticamente. Parte desse capital é, normalmente, propriedade comum da cooperativa. O capital recebe uma compensação limitada. As sobras (diferença entre receitas e despesas) são destinadas parte para reservas, benefícios aos cooperados na proporção de suas transações com a cooperativa e outras destinações aprovadas em Assembléia Geral.
4 – Autonomia e independência – As cooperativas são organizações autônomas, de ajuda mútua, controladas pelos seus membros. Se firmarem acordos com outras organizações, incluindo instituições públicas, ou recorrerem a capital externo, devem fazê-lo em condições que assegurem o controle democrático pelos seus membros e mantenham a autonomia da cooperativa.
5 – Educação, formação e informação – As cooperativas promovem a educação e a formação dos seus membros, dos representantes eleitos e dos trabalhadores, de forma que estes possam contribuir, eficazmente, para o desenvolvimento das suas cooperativas. Informam o público em geral, particularmente os jovens e os líderes de opinião, sobre a natureza e as vantagens da cooperação.
6 – Intercooperação – As cooperativas servem aos seus membros de forma mais eficaz e fortalecem movimento cooperativo, trabalhando em conjunto, através das estruturas locais, regionais, nacionais e internacionais.
7 – Interesse pela comunidade – As cooperativas trabalham para o desenvolvimento sustentado das suas comunidades através de políticas aprovadas pelos membros.