Princípios cooperativos na lista imaterial da Unesco

cooperativa-alemaOs Princípios Cooperativos já fazem parte da lista do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, da Unesco. A decisão foi conhecida na, quinta-feira 1 de Dezembro de 2016, na Etiópia. A proposta foi formulada pela Alemanha, onde um quarto da população é membro de uma cooperativa.

A 11ª sessão do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco decorre até esta sexta-feira 2 de Dezembro, no Centro de Conferências da Comissão Econômica das Nações Unidas para a África, em Adis Abeba, na Etiópia.

Dezesseis novos elementos foram acrescentados à Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial, seguindo as decisões adotadas pelo Comitê, e incluem aspectos culturais que vão desde a cultura cervejeira belga, a tradição do pão dos países árabes, festividades de ano novo no Bangladesh, India, Paquistão, Afeganistão e ainda festas tradicionais japonesas, gregas, francesas, georgianas, dentre muitos outros.

Portugal conquistou a classificação mundial da falcoaria e do processo de fabricação do barro preto de Bisalhães (Vila Real). Duas decisões que se vêm juntar às obtidas nos últimos anos, com o canto alentejano e pela arte chocalheira.

COOPERATIVISMO ALEMÃO – Atualmente, cerca de um quarto da população da Alemanha é membro de uma cooperativa, que além de agricultores e artesãos, inclui 90% de padeiros e talhantes, e ainda 75% de seus varejistas.

Segundo a nomeação defendida pela Alemanha, uma cooperativa é uma “associação de voluntários que presta serviços de natureza social, cultural ou econômica a membros da comunidade para ajudar a melhorar os padrões de vida, superar desafios compartilhados e promover mudanças positivas”.

Com base no princípio da subsidiariedade que coloca a responsabilidade social acima da ação do Estado, as cooperativas permitem a construção da comunidade por meio de interesses e valores compartilhados, criando soluções inovadoras para problemas sociais, ao gerar emprego e ajudar desde idosos até projetos de revitalização urbana e energias renováveis.

Qualquer um pode participar, assim como os membros também podem adquirir partes na cooperativa e ter uma palavra a dizer em sua direção futura. O sistema poderá disponibilizar, por exemplo, empréstimos a juros baixos a agricultores, artesãos e empresários.

Na área do Ensino, algumas cooperativas também foram criadas especificamente para que os alunos ganhem experiência. Os conhecimentos e as competências associadas são transmitidos pelas cooperativas, pelas universidades, pela Academia das Cooperativas Alemãs, pela Confederação Raiffeisen, dentre muitas outras instituições, que estiveram na origem da proposta aprovada pela Unesco.

Fonte: Unesco e diario560.pt

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