Cooperação: a grande alternativa e caminho para os novos tempos

A cooperação é a grande alternativa e o caminho para enfrentarmos os desafios dos novos tempos.

É fato que vivemos em tempos de crise, de turbulências, de transição. Realmente, são tempos difíceis para alguns ou desafiadores para outros, dependendo do ponto de vista, mas as mudanças estão aí, já fazem parte do nosso dia a dia.

Basta observarmos a velocidade das mudanças que estão acontecendo em âmbito mundial, em praticamente todas as áreas da atividade humana.

Esse ritmo vem se acelerando cada vez mais. Mudanças que aconteciam a cada quinhentos anos, passaram a acontecer a cada duzentos anos, depois a cada cem, cinquenta, vinte, dez, cinco…e hoje já em menos de um ano algo que era considerado “novo”, logo se torna obsoleto.

Ameaça ou oportunidade?

Inteligência artificial, robôs realizando diversas atividades humanas, biotecnologias, nanotecnologias, internet das coisas, empresas que se autogerenciam, com pouquíssima ou nenhuma intervenção humana, além das chamadas startups, como as fintechs, entre outras.

Tudo isso também é chamado de “a quarta revolução industrial” ou “indústria 4.0”.

É algo que parece estar muito distante da nossa realidade, mas que se observarmos bem, está muito mais próximo do que imaginamos.

Mudanças profundas também se aproximam na gestão empresarial, com alterações nos organogramas, na estrutura organizacional, que antes era extremamente verticalizada, hoje com a tendência de termos estruturas cada vez mais planas, horizontalizadas, com novas relações nos jogos de poder e na chamada política corporativa.

Há também a questão da economia compartilhada, colaborativa ou cooperativa.

Nesse novo modelo de economia, o novo paradigma é a utilização dos bens e serviços e não mais a obsessão pela posse.

Uma das mais conhecidas frases sobre o paradigma dessa nova economia diz o seguinte: “eu não preciso de uma furadeira, eu preciso é de um furo na parede.

Em muitos países, isso já é uma realidade, onde a economia colaborativa já responde por grande parte das economias nacionais e cresce em ritmo acelerado.

A cada dia surgem novos e melhores aplicativos nas mais diversas áreas, como mobilidade urbana, transporte, hospedagem, viagens, alimentação, compra e venda de produtos online, entre outros.

Nesse sentido, um modelo de negócio já vem se destacando em termos de economia colaborativa, há muito tempo. Muito antes de se utilizar esse termo, o movimento cooperativista já vem praticando a economia cooperativa.

Como já aconteceu em 1844, em Rochdale, na Inglaterra, quando foi constituída a primeira cooperativa dos tempos modernos. Como também aconteceu quatro anos depois, na Alemanha, em 1848, quando foi constituída a primeira cooperativa de crédito ou cooperativa financeira do mundo.

O cooperativismo surgiu justamente em um momento de profunda crise na história da humanidade.

Esse movimento e filosofia de vida, que hoje já conta com mais de um bilhão de adeptos em todo o mundo, com certeza é a grande alternativa para enfrentarmos os novos tempos, de economia compartilhada, da quarta revolução industrial.

Pois é justamente em momentos de crise, de dificuldades, que as pessoas precisam unir forças, cooperar, para superar as adversidades e promover o seu desenvolvimento econômico e social.

Quando as pessoas se unem tornam-se mais fortes: é a força, a sinergia, o que eu chamo de “o milagre da cooperação”. A cooperação é a chave para uma sociedade mais justa, mais humana, com equilíbrio entre as questões econômicas, ambientais e sociais.

Portanto, acredito que o cooperativismo, como um movimento que promove o equilíbrio nas relações entre capital e trabalho, que tem como proposta colocar o capital a serviço das pessoas, e não somente as pessoas a serviço do capital, é a grande alternativa e caminho para os novos tempos, um grande instrumento para ajudar a melhorar a vida das pessoas e cooperar na construção de um mundo melhor, mais sustentável, para todos nós.

Fonte: www.administradores.com.br

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