AgTech Garage abre inscrições para a quarta edição do Intensive Connection

Em 2022, o programa de potencialização de startups será realizado em parceria com sete grandes empresas ligadas ao agro, referências em seus segmentos de atuação.

O AgTech Garage, maior hub de inovação especializado no agronegócio na América Latina, está com as inscrições abertas para o Intensive Connection Latam, programa de potencialização de startups que em 2022 chega à sua quarta edição. Em 2021, já com alcance em toda a América Latina, 209 startups se inscreveram para participar da iniciativa e 12 foram selecionadas a fim de desenvolver projetos junto aos Innovation Partners do hub.

Este ano, sete gigantes do agronegócio integram esta categoria e poderão escolher soluções inovadoras para contribuírem com seus desafios dentro e fora do campo. Os Innovation Partners do AgTech Garage são: as empresas brasileiras Suzano, do segmento de papel e celulose, e a instituição financeira cooperativa Sicredi, a companhia americana de máquinas John Deere, a marroquina de fertilizantes OCP, a empresa francesa de saúde animal Ceva, a empresa global de agronegócio e alimentos Bunge e a multinacional alemã de saúde e nutrição Bayer.

As startups interessadas em participar do programa podem se inscrever no Intensive Connection Latam de 1° de fevereiro a 24 de fevereiro por meio do link: https://www.agtechgarage.com/intensive-connection/. Os temas propostos são estratégicos para continuar alimentando a inovação e a competitividade do agronegócio.

Na primeira fase do Intensive Connection serão selecionadas 35 startups (5 por empresa parceira), que se apresentarão para um comitê formado pelos executivos das companhias. Esse comitê ficará encarregado de escolher as 14 vencedoras (2 por empresa), aptas a vivenciarem uma jornada única de experiências e aprendizados com duração de seis meses. A lista de finalistas será divulgada em 23 de março. Já as vencedoras serão conhecidas no dia 7 de abril.

José Tomé, CEO do AgTech Garage, reforça a relevância, cada vez maior, da inovação aberta na estratégia de construção do agronegócio do presente e do futuro. “Ter sete empresas líderes dos seus segmentos no agronegócio como Innovation Partners do AgTech Garage, e participando do Intensive Connection, demonstra a relevância que a inovação aberta já alcançou no setor. Inovando em rede, com diferentes atores, nós e nossos parceiros ganhamos celeridade para orquestrar a transformação digital no agro e promover a produção de alimentos de forma ainda mais sustentável”.

Henrique Provenzzano, Coordenador de Programas de Inovação Aberta do AgTech Garage, destaca as novidades da edição deste ano, que promoverá uma aproximação de alto nível entre o hub e as diferentes áreas das companhias. “Este ano, teremos encontros com profissionais de Recursos Humanos, Jurídico e TI das empresas parceiras, o que potencializa resultados e aprendizados. Essa aproximação, sem dúvida, trará impactos na cultura e no modo como as companhias trabalham com a inovação”, diz Provenzzano.

A geração de valor compartilhado entre o grupo de Innovation Partners, por sua vez, — agora formado por sete empresas, considerando a chegada da John Deere nesta edição de 2022 — é outro ponto alto do programa. “O fato de sete grandes empresas estarem cooperando em um ambiente de transparência e aprendizado mútuo gera um valor intangível no compartilhamento de experiências e aprendizado de metodologias, métricas e boas práticas de inovação aberta”, completa Provenzzano.

As startups interessadas em participar do Intensive Connection podem se aplicar para qualquer um dos desafios propostos pelas sete empresas parceiras do AgTech Garage.

Bayer: Colaboração de plataformas digitais no campo

Na Bayer, inovação e transformação digital são consideradas primordiais para o avanço tanto da companhia como dos agricultores. É a partir da cocriação que a companhia tem levado agilidade e eficiência aos processos para identificar as dores dos produtores e para alcançar resultados. Visando desenvolver novos modelos de negócio junto às startups por meio da ciência de dados e da digitalização, a Bayer busca soluções de:

• Rastreabilidade e geolocalização para dar suporte ao produtor, buscando melhorar sua jornada do processo produtivo à comercialização da safra;

• Modelos preditivos que possam apoiar a tomada de decisão assertiva do produtor por meio de análise de dados. Algumas aplicações dessa tecnologia são: a antecipação de tendências, rastreio de suprimentos, avaliação e gerenciamento de riscos, aumento dos rendimentos e da produtividade e criação de novas oportunidades de negócios;

• Digitalização, para automatizar operações no campo, através de plataformas integradas que apoiem o agricultor em seus processos, serviços ou experiências.

Dirceu Ferreira Junior, líder de Inovação Aberta na divisão agrícola da Bayer para a América Latina, conta que o tema escolhido dialoga diretamente com três pilares estratégicos da Bayer: entrega de soluções inovadoras, definição de novos padrões de sustentabilidade e pioneirismo na transformação digital no campo. “A ciência de dados e a inovação digital são primordiais para que possamos melhorar, de maneira sustentável, a eficiência das nossas próprias operações e, ao mesmo tempo, capacitar os agricultores para que possam tomar melhores decisões”, diz.

Segundo Dirceu Jr., por meio do Intensive Connection a Bayer consegue fortalecer seus esforços para moldar a agricultura do futuro e beneficiar não só agricultores, como consumidores e o planeta, se responsabilizando para que soluções inovadoras estejam disponíveis para produtores rurais de pequeno, médio e grande porte. “Investir na transformação digital e na sustentabilidade, reconhecendo que ser autossuficiente para inovar está cada vez mais difícil, é essencial para enfrentarmos um dos principais desafios impostos ao sistema global de alimentos: produzir mais por hectare com o uso cada vez mais otimizado de recursos”, afirma o executivo.

Bunge: Os caminhos da nova logística

Levando em conta os desafios da cadeia logística da Bunge, a empresa procura soluções alternativas que promovam, de forma concreta, a otimização, digitalização e sustentabilidade dos seus processos. Neste sentido, suas inscrições estão abertas para startups com soluções de:

• Otimização de processos da cadeia logística (seja por meio do uso da inteligência artificial na tomada de decisões, planejamento ou precificação de fretes, por exemplo);

• Gamificação do processo logístico rodoviário, com o objetivo de melhorar indicadores de segurança no transporte e a confiabilidade e frequência na relação entre embarcadores e transportadores. Além disso, o objetivo é reduzir tempos ociosos no sistema logístico rodoviário;

• Conexão com marketplaces com itens relevantes para os caminhoneiros (pneus, por exemplo), considerando que no transporte rodoviário isso representa a maior parte das despesas operacionais de uma transportadora.

Makoto Yokoo, Diretor de Logística da Bunge, lembra que a companhia movimenta cerca de 25 milhões de toneladas de grãos anualmente no Brasil e que a logística, portanto, é parte fundamental das suas operações. Nesta área, a companhia já teve uma experiência de inovação em rede muito bem-sucedida, com a digitalização do processo interno de contratação de fretes. “A solução, desenvolvida em parceria com a Target, deu tão certo na Bunge que criamos uma joint-venture chamada Vector para disponibilizá-la ao mercado e explorar ainda mais seu potencial. Estamos entusiasmados com as possibilidades que podem surgir durante o Intensive Connection a partir da cooperação em rede com o mercado”, afirma o Yokoo.

Ao participar de iniciativas como o Intensive Connection, a companhia reforça junto a seus clientes o compromisso de fornecer as melhores e mais modernas soluções e práticas, antes mesmo de as demandas se manifestarem no mercado. “Olhando para o processo logístico em si, que é o tema com o qual vamos participar nesta edição do programa, vemos oportunidades de geração de valor a todos os stakeholders. Entre eles, os caminhoneiros. Queremos tornar o dia a dia desse profissional mais prático e simples, para que ele seja mais eficiente e tenha uma melhor qualidade de vida”, afirma o diretor da Bunge.

Ceva: Entender para atender

Hoje, o maior desafio da Ceva é mapear, classificar e entender os seus diversos públicos: tutores de animais de companhia, criadores de gado de leite e corte, equinos e produtores de aves e suínos. Com o intuito de oferecer a seus clientes soluções personalizadas e impactar a saúde de mais animais ao redor do globo, a companhia busca soluções que:

• Entendam os dados de mercado, o comportamento do consumidor e o seu perfil;

• Coletem as informações disponíveis e promovam um mapeamento das demandas específicas dos clientes da Ceva a partir do uso de inteligência de dados.

Giankleber S. Diniz, Diretor Geral da Ceva no Brasil, afirma que cada uma das ações e projetos desenvolvidos pela Ceva são pautados na transformação e inovação – seja do ambiente produtivo, dos negócios ou da vida dos clientes. “O Intensive Connection é fundamental para o desenvolvimento da inovação aberta dentro da companhia. Hoje, temos esse foco espalhado por toda a empresa, independente da área, e estamos todos conectados buscando as melhores soluções para o mercado”, afirma Diniz.

Ele destaca que na última edição do programa o resultado foi surpreendente. “Trabalhamos em diversos projetos e hoje temos isso dentro de ações que terão alcance global. Estamos abertos para ajudar e contribuir com as startups e com o agronegócio brasileiro junto ao AgTech Garage, nosso principal parceiro na frente de inovação aberta”, completa.

John Deere: Digitalização no Campo, uma visão 360º da operação agrícola

O avanço da conectividade tem acelerado a digitalização da agricultura e a John Deere está pronta para fazer parte dessa jornada. Seu objetivo é apoiar os agricultores e gerar valor compartilhado para o mercado em geral, especialmente as startups. No Intensive Connection, a John Deere procura soluções que sejam capazes de impactar a rentabilidade das propriedades agrícolas em pelo menos um dos seguintes aspectos:

• Otimização da logística, apoiando os produtores na evolução para uma gestão integrada;

• Impacto na produtividade, possibilitando ganhos mensuráveis de eficiência em aspectos operacionais e/ou agronômicos;

• Gestão de custos, permitindo que o produtor consiga identificar oportunidades e tomar decisões.

Leandro Carrion, Gerente de Geração de Valor e Experiência do Cliente da John Deere, destaca que a companhia está comprometida com a geração de valor para os pequenos, médios e grandes agricultores e que o Intensive Connection ajuda a catalisar a inovação no agronegócio. “Um programa como o Intensive Connection permite que empresas de diversos portes se conectem em prol da inovação, o que provê ao setor um crescimento acelerado”, diz.

Na visão dele, as transformações digitais e ambientais precisam ser incentivadas para aumentar, cada vez mais, a produtividade do setor no Brasil. “Além disso, ao levar inovação às zonas rurais, não beneficiamos apenas os agricultores, levamos desenvolvimento para todas as comunidades rurais”, completa.

Ao longo de 2021, antes mesmo de se tornar Innovation Partner do AgTech Garage, a John Deere desenvolveu um total de 8 projetos com startups no hub. Agora, a participação da empresa no programa Intensive Connection vem para potencializar sua estratégia de inovação aberta ao lado de outras grandes companhias, startups, investidores e, principalmente, produtores.

OCP: Alimentar o solo para alimentar o planeta

No caso da OCP, a busca nesta quarta edição do IC é por startups alinhadas com seu propósito de democratização do acesso e customização de soluções para a fertilização da agricultura tropical. Nesse sentido, o foco está em:

• Plataformas de monitoramento de campo que otimizem a recomendação e a aplicação de fertilizantes customizados;

• Bio soluções para a agricultura tropical;

• Digitalização dos canais de acesso ao produtor (marketplaces e fintechs).

Amine Nassaf, Líder de Estratégia e Inovação da OCP Fertilizantes, afirma que, globalmente, a inovação é um dos pilares estratégicos da companhia. “Esta é a nossa quarta participação no programa Intensive Connection, o que demonstra a relevância dele para o nosso posicionamento no ecossistema brasileiro”, diz. Ao se relacionar com startups que desenvolvem tecnologias únicas, a empresa destaca que tem a oportunidade de pensar diferente e trabalhar em conjunto para trazer respostas inovadoras aos desafios de hoje e de amanhã.

“Estamos comprometidos em entregar produtos customizados que não apenas atendam as necessidades dos diversos solos e culturas do Brasil, mas que sejam utilizados de forma consciente e sustentável. Com essa visão, seguimos contribuindo para a prosperidade dos produtores rurais e o fortalecimento da agricultura no país”, completa Nassaf.

Sicredi: Impulsionando um futuro sustentável

Em linha com os princípios do cooperativismo e sua estratégia de gestão sustentável, o Sicredi quer gerar valor a seus associados em três frentes em cooperação com as startups do agronegócio:

• Diagnóstico do pequeno produtor sobre seu potencial de acessar Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA);

• Mapeamento e desenvolvimento de oportunidades do pequeno produtor para geração de crédito de carbono;

• Adequação ou regularização das propriedades rurais à legislação ambiental.

Luis Henrique Veit, Superintendente de Agronegócios do Sicredi, destaca que a Estratégia de Sustentabilidade da instituição financeira (alicerçada nos pilares de soluções responsáveis; relacionamento e cooperativismo; além do desenvolvimento local) foi o que motivou a escolha do tema. “Para este ano, nós continuamos focando no pequeno agricultor e no desafio de integrar as oportunidades e gestão de riscos socioambientais nas nossas soluções financeiras e não-financeiras”, diz.

O objetivo é apoiar a tomada de decisão dentro da fazenda impulsionando o produtor rural para um futuro mais sustentável. “A participação no Intensive Connection nos abre oportunidades para apoiar o desenvolvimento de soluções com potencial de minimizar impactos durante crises e acelerar a imersão dos produtores rurais no mundo digital, contribuindo com o aumento da produtividade, rentabilidade e a sustentabilidade no campo”, afirma Veit.

Suzano: Profissional florestal no presente e no futuro

Garantir a sustentabilidade das operações atuais e desenvolver profissionais para trabalhar com a floresta 4.0, este é o foco da Suzano nesta edição do Intensive Connection. Para tanto, a empresa, que é referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, irá selecionar startups com soluções para:

• Transformar o modelo de formação dos operadores e mecânicos de máquinas florestais por meio de simuladores, modelos de imersão e uso de realidade aumentada e virtual;

• Usar a tecnologia na capacitação com foco em aumentar a segurança nas atividades operacionais;

• Gerenciar e medir a efetividade durante e após o processo de aprendizagem dos colaboradores, seja por meio de um software de gestão, learning analytics e gamificação para monitoramento de performance.

Gabriel Paulo de Souza, Coordenador de Excelência Operacional Florestal da Suzano, reforça que o pilar de “Pessoas” é fundamental para a companhia protagonizar a transformação digital e cultural do setor em que atua. “Um dos temas que está no nosso roadmap estratégico é a evolução de iniciativas de forma ambidestra como, por exemplo, a capacitação e treinamento de operadores(as) florestais e a gestão efetiva da capacitação”, diz Souza.

A expectativa da empresa é que o aumento da velocidade de formação de novos profissionais possa gerar distribuição de renda e oportunidades, ao mesmo tempo em que a aplicação da tecnologia trará maior segurança nas atividades operacionais e, consequentemente, benefício para todos os stakeholders. “A inovação está no DNA da Suzano, a primeira empresa do mundo a produzir celulose a partir de eucalipto plantado. A companhia está comprometida a acelerar sua transformação via inovação aberta, trazendo dores reais do seu processo produtivo para serem endereçadas junto a startups, além de fomentar o empreendedorismo”, acrescenta o executivo da Suzano.

E o Intensive Connection 2022 é visto pela Suzano como uma potente ferramenta para acelerar a troca de experiências e conexão com o ecossistema de inovação, sobretudo com as startups — parceiros com alta capacidade de execução, domínio tecnológico, velocidade de testagem e responsáveis por trazer soluções para desafios que são comuns à Suzano e ao mercado.

O programa Intensive Connection é equity free, ou seja, nem o AgTech Garage nem as empresas parceiras se tornarão sócios das startups e não existe qualquer comprometimento inicial nesse sentido. No período que vai de maio a outubro de 2022, as startups terão acesso a mentorias, networking, eventos, conexões e todo o apoio do AgTech Garage e dos parceiros corporativos para aperfeiçoarem suas soluções e ganharem escalabilidade. A proximidade entre as companhias e as ag&food techs pode resultar ainda em provas de conceito de produtos (POCs), negócios, co-desenvolvimento de novas soluções tecnológicas e até mesmo investimentos fora do contexto do programa, tudo para impulsionar a sustentabilidade e competitividade do agronegócio.

Para outras informações e inscrições, as startups devem acessar a página do programa no site do AgTech Garage (https://www.agtechgarage.com/intensive-connection/).

Sobre o Sicredi

O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa comprometida com o crescimento dos seus associados e com o desenvolvimento das regiões onde atua. O modelo de gestão do Sicredi valoriza a participação dos mais de 5,5 milhões de associados, os quais exercem papel de donos do negócio. Com presença nacional, o Sicredi está em 25 estados* e no Distrito Federal, com mais de 2.000 agências, e oferece mais de 300 produtos e serviços financeiros (www.sicredi.com.br).

*Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
e competitividade do agronegócio.

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